Uma das iniciativas propõe a alteração do Código Penal para introduzir a obrigatoriedade da pulseira eletrónica, aplicada de forma sazonal, todos os anos, durante o período de maior risco de incêndios.
Outra medida apresentada passa pela aprovação de uma estratégia integrada e holística de combate ao incendiarismo, que assegure a articulação entre o Ministério da Administração Interna, Ministério da Justiça, Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e Segurança Social. Essa estratégia deverá prever a criação de equipas multidisciplinares de reinserção social e de saúde mental para incendiários com comportamentos aditivos e dependências diagnosticadas.
Segundo Inês de Sousa Real, um estudo preliminar da Polícia Judiciária indica que o perfil do incendiário em Portugal está frequentemente associado ao alcoolismo, exclusão social e perturbações psíquicas, mas as atuais medidas “limitam-se à vigilância, investigação e deteção”, sem atacar as causas sociais e de saúde pública do problema.