logo-a-verdade.svg
Resende
Leitura: 0 min

As ruas de Resende voltaram a celebrar a Marcha da Cereja

Resende volta a celebrar a sua fruta mais emblemática com o Festival da Cereja, que decorre nos dias 31 de maio, 1, 7 e 8 de junho.

Redação

O evento presta homenagem à cereja, símbolo do concelho e um dos principais motores da economia local, com um programa que inclui animação, gastronomia e tradição.

Na tarde de domingo, 1 de junho, teve lugar um dos momentos mais aguardados: o desfile da Marcha da Cereja, protagonizado pelas 11 freguesias do concelho. As ruas encheram-se de cor, música e alegria, numa celebração comunitária em torno da cultura local.

O presidente da Câmara Municipal de Resende, Manuel Joaquim Garcez Trindade, destacou a importância económica e simbólica da cereja para a região.

“A cereja é a atividade agrícola que mais contribui para a sustentabilidade económica do nosso concelho. Daí nós fazemos tudo pela cereja, sempre com a ajuda de alguém que está para além, que é o tempo”, referiu, reconhecendo que as condições atmosféricas deste ano foram inicialmente desfavoráveis.

“Felizmente nestas últimas três semanas as coisas compuseram-se porque ficou mais sol”, acrescentou.

Garcez Trindade sublinhou ainda o envolvimento de todas as freguesias no cortejo, reforçando a dimensão coletiva da festa: “Seria um bocado complicado se nós convidássemos só os que têm mais cereja. De qualquer modo, todos eles já há alguns anos fazem este cortejo, com o contributo das freguesias e vimos que efetivamente todos eles têm jeito para fazer música e para dançar.”

O autarca lembrou também o papel da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro no desenvolvimento técnico da produção local: “Há cerca de quatro anos tivemos um contributo muito importante, no sentido de nos ajudarem a desenvolver um manual de boas práticas na produção de cereja. Isso deu um certo know-how aos produtores, nomeadamente aos mais jovens”, o que resultou num aumento da produção e novas plantações no concelho.

Sobre o futuro da produção, Garcez Trindade mostrou-se otimista: “A cereja é um fruto que eu penso que não há ninguém que não goste. Conheço alguns que não gostam de banana, outros de laranja, outros de ananás, mas de cereja, sinceramente, acho que toda a gente gosta.”

E reforçou a necessidade de manter o interesse das novas gerações: “No cortejo houve o cuidado de também lançar os pequeninos uma demonstração disso que eu estou a dizer.”

A terminar, o presidente, que conclui o seu terceiro mandato em outubro, deixou uma nota de apreço pela tradição: “Eu penso que isto não acabará. São tradições muito salutares e que dizem respeito a todas as tradições de Resende, nomeadamente ligadas à cereja.”