A escassez de mão-de-obra qualificada no setor da construção civil está a atrasar projetos em todo o país, incluindo empreendimentos públicos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A denúncia foi feita este sábado, 4 de maio, pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom) e pela associação patronal AICCOPN (Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas).
Segundo Nuno Gonçalves, dirigente da Feviccom, a dificuldade em contratar trabalhadores deve-se essencialmente aos “baixos salários praticados e à precariedade do setor”. A federação defende a implementação de um salário mínimo de 1.200 euros para o setor e propõe também a valorização de trabalhadores com aumento dos dias de férias para 25, melhoria das condições de segurança no trabalho e combate ao trabalho não declarado.
Além disso, Gonçalves alertou que há obras públicas, incluindo projetos do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana), que continuam por arrancar devido à falta de profissionais. “Temos conhecimento de obras do PRR e da habitação que ainda não saíram do papel e que já deveriam estar no terreno”, afirmou o sindicalista.