O número representa um aumento de 21,2% face ao esperado, afetando sobretudo pessoas com 75 ou mais anos de idade, com particular incidência na região Norte.
De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o impacto das temperaturas elevadas é mais evidente nos grupos etários mais idosos. O índice ÍCARO, que estima o efeito das temperaturas na mortalidade, antecipa um impacto muito significativo nas regiões Norte, Centro e Alentejo.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê a continuação da subida das temperaturas nos próximos dias, com valores que poderão atingir ou ultrapassar os 40°C em várias regiões, especialmente durante o fim de semana.
A DGS sublinha que temperaturas muito elevadas, tanto máximas como mínimas, têm efeitos adversos na saúde, podendo originar desidratação e agravar doenças crónicas, com maior risco para os mais vulneráveis.
Neste contexto, os planos de contingência têm sido ativados em articulação com a Direção Executiva do SNS (DE-SNS) e as estruturas locais, sendo intensificada a comunicação pública sobre as medidas de proteção em períodos de calor extremo.
A autoridade de saúde reforça a necessidade de adoção das recomendações por parte de toda a população, especialmente nos grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, grávidas, doentes crónicos, trabalhadores ao ar livre, sem-abrigo ou pessoas em situação de isolamento social.
A DGS continuará a monitorizar a situação e atualizará a informação sempre que necessário.