Com libreto e encenação de Mário João Alves e direção artística de Nuno Miguel de Almeida, o espetáculo é interpretado pelo ensemble Moços do Coro, que dá voz às marionetas criadas pela companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora.
Segundo comunicado do grupo, a obra parte de um ponto ficcional: Camões ensaia, com amigos atores amadores, a sua peça inédita “Auto dos Anfitriões”, deixando transparecer fragilidades emocionais, “num jogo de palavras e silêncios comprometedores, que antecipa o destino do poeta e da literatura portuguesa”.
Combinando teatro de marionetas, música e sátira literária, a ópera é acompanhada por um quinteto instrumental — flauta transversal, trompa, harpa, piano e percussão — e procura ser uma experiência interdisciplinar “com características inovadoras”, sublinha a equipa criativa.
Para Nuno Miguel de Almeida, maestro e membro fundador dos Moços do Coro, trata-se de “um projeto intergeracional, que envolve vários portugueses, sendo que o mais velho é Camões, com 500 anos, e um dos mais novos é o maestro Vitorino d’Almeida, com 85, rodeado de jovens que estão a desenvolver a sua carreira”.
A estreia decorre a 27 de setembro, no Museu Romântico do Porto, com entrada livre.
No dia seguinte, 28 de setembro, o espetáculo sobe ao palco do Ponto C, em Penafiel, com bilhetes disponíveis em bol.pt.