A iniciativa, com um percurso de cinco quilómetros, culminou numa cerimónia simbólica junto à estátua do pedreiro, homenageando todos os profissionais do setor.
A caminhada teve uma forte adesão e serviu não só como convívio, mas também como espaço de reflexão sobre os desafios da profissão. “Estamos a tentar que os pedreiros tenham melhor qualidade de vida. Esta arte é muito complicada e queremos que tomem precauções, sobretudo devido à silicose, que afeta muitos trabalhadores da nossa região”, afirmou Filipe Silva, presidente da associação, pedreiro há 34 anos.
Manuel Martins, 56 anos, também pedreiro há mais de quatro décadas e membro ativo da associação, foi um dos impulsionadores da realização da caminhada em Alpendorada, Várzea e Torrão. “Faz todo o sentido termos trazido a caminhada para esta freguesia. Temos muito pedreiro, muitas fábricas e, especialmente, a estátua do pedreiro, que representa muito para nós”, destacou.
A cerimónia junto ao monumento foi um dos momentos mais emotivos do dia. “O monumento fala por si. Representa o nosso país e o reconhecimento da nossa arte no estrangeiro. É uma profissão dura, muitas vezes pouco valorizada, mas é uma arte de lavar, que passa de pais para filhos”, explicou o pedreiro.
O membro da organização reforçou que: “A adesão superou as nossas expectativas. Estávamos receosos, mas a verdade é que correu muito bem. O importante é estarmos juntos, conversar e identificar os problemas que ainda precisamos resolver”, concluiu Filipe Silva.
O evento terminou com um lanche partilhado e uma surpresa para os participantes, num ambiente marcado pela camaradagem e pela afirmação do orgulho em ser pedreiro.