A operação, que decorreu entre outubro de 2024 e maio de 2025, foi liderada por Portugal, Espanha e Áustria, com a colaboração de autoridades de 18 países, incluindo órgãos de polícia criminal e autoridades alfandegárias.
Segundo a PJ, em Portugal foram detetadas oito encomendas oriundas do Extremo-Oriente, que culminaram na apreensão de mais de duas mil notas falsas, correspondentes a 35.235 euros e 8.000 ienes do Japão (cerca de 45 euros).
No total europeu, a operação resultou na apreensão de cerca de 300 encomendas contendo moeda falsa e mais de 990 mil artigos de contrafação, incluindo notas e moedas equivalentes a 280 mil euros, 679 mil dólares norte-americanos (cerca de 583 mil euros) e 12 mil libras esterlinas (quase 14 mil euros).
O trabalho desenvolvido deu ainda origem a 102 novas investigações, destinadas ao desmantelamento de redes criminosas dedicadas à falsificação de moeda, que, de acordo com a Europol, operam sobretudo a partir da Ásia, mas também da América e do Médio Oriente.
A “Decoy II” contou também com o apoio do OLAF – Organismo Europeu de Luta Antifraude e insere-se no âmbito do programa EMPACT/AP SOYA.
Esta foi a segunda fase da operação, sucedendo à primeira, realizada entre junho de 2023 e janeiro de 2024, durante a qual a PJ apreendeu em Portugal 29 encomendas com cerca de seis mil notas falsas de euros, dólares e libras, num valor superior a 250 mil euros. Nessa altura, o balanço europeu apontava para a apreensão de 14 milhões de euros em moeda contrafeita.
De acordo com as autoridades, as notas falsas recolhidas apresentam formas e cores semelhantes às originais, bem como pequenas marcas indicativas de falsificação, características que, embora insuficientes para serem aceites como verdadeiras, podem não gerar desconfiança imediata.