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Paredes
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Catarina Lopes: “O sucesso não depende só das notas, mas também do que vivemos fora da sala de aula”

Catarina Lopes, de 23 anos, natural de Castelo de Paiva e residente em Paredes, é uma das milhares de jovens finalistas do ensino superior em Portugal.

Redação

A estudante terminou recentemente o mestrado integrado em Engenharia e Gestão Industrial na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e partilha as emoções desta fase marcante.

“Acho que é um mix de sensações. Por um lado, uma sensação de finalmente concluir a faculdade, que deu imenso trabalho, imensas noitadas a estudar e a fazer trabalhos. Por outro lado, sente-se uma grande incerteza do que virá no futuro. Mas, acima de tudo, é uma sensação de realização de ver todo o esforço reconhecido”, descreve.

Ao longo de cinco anos, Catarina Lopes viveu uma transformação pessoal: “Levo sobretudo as amizades e todas as pessoas incríveis que conheci ao longo destes cinco anos. Estes cinco anos ensinaram-me a importância do equilíbrio entre os estudos e a vida pessoal, a valorizar os tempos livres e a investir em atividades extracurriculares que nos fazem abstrair dos problemas". 

A finalista reconhece que a universidade foi essencial no seu amadurecimento emocional pois: “Aprendi a lidar melhor com a pressão, a confiar mais em mim mesma e a perceber que o sucesso não depende só das notas, mas também do que vivemos fora da sala de aula.”

O curso, as experiências e as memórias que ficam

Catarina Lopes admite que, quando entrou na faculdade, não tinha expectativas definidas. “Estava curiosa e, à partida, achava que ia gostar, porque sempre fui uma pessoa que gostava de desenvolver o raciocínio lógico”, explica. Com o tempo, acabou por se apaixonar por novas áreas: “Fui percebendo o valor do curso. Acabei até por ganhar interesse em áreas que antes não conhecia tão bem, como a Programação e Análise de Dados.”

A experiência académica ficou também marcada por momentos simbólicos, como a queima das fitas: “Ler as mensagens de amigos e família nas fitas foi muito comovente.” E o cortejo foi igualmente marcante: “Ver as ruas cheias de estudantes e pessoas a ver-nos das janelas e a quererem bater-nos na cartola é um momento único e muito bonito.”

Apesar de ainda estar a terminar a dissertação, Catarina já sente saudades da rotina académica: “Sinto falta dos meus colegas e da rotina. Criámos ligações para a vida e sei que posso contar com elas para o que precisar.”

Preparação para o futuro e desafios pela frente

Apesar da natural incerteza, Catarina sente-se preparada para enfrentar o futuro. “Acredito que tudo o que aprendi, não só a nível académico, mas também pessoal, e as competências que desenvolvi dão-me as ferramentas necessárias para enfrentar o futuro.”

Fez dois estágios curriculares durante o curso, o que considera fundamental: “Foi essencial para conhecer o mundo empresarial, algo que a teoria, por si só, nunca consegue dar, dando uma confiança extra para o futuro que me espera.”

Sobre o mestrado, afirma que foi uma decisão lógica: “Sinto que o curso, para mim, só faz sentido completo com o Mestrado, até porque foi nesta fase final que tive as cadeiras que mais gostei e que considero mais relevantes para o futuro.”

A entrada no mercado de trabalho é, para si, simultaneamente um desafio e uma oportunidade: “É sempre um passo novo mas também me sinto entusiasmada por começar esta nova etapa. E até quem sabe, um dia tirar uma pós-graduação.”

Por fim, deixa uma reflexão sobre a preparação dos jovens para o futuro: “Depende do curso, depende do estudante e da sua motivação e empenho durante a faculdade. Acredito que são experiências, como estágios e envolvimento noutros projetos extracurriculares, que realmente nos preparam para o mundo real e moldam quem nós somos.”