O espetáculo, de entrada livre (sujeita à lotação do espaço) e com classificação etária M/6 anos, propõe um cruzamento entre a tradição oral, a música ao vivo e uma abordagem teatral marcada pelo humor e pela sátira.
Com encenação de Fernando Moreira e texto dramático de Jorge Palinhos, a peça parte da recolha do Cancioneiro de Paredes, um projeto coordenado pelo professor Tiago Magalhães, no âmbito do programa “A Culturinha sai à rua... para ouvir a Tradição”, promovido pela Câmara Municipal de Paredes.
A narrativa tem início com a chegada de Teodora, uma jovem oriunda da cidade, que desestabiliza a rotina da aldeia e desperta nos habitantes curiosidade e memórias adormecidas.
Este encontro dá lugar à partilha de histórias, superstições e mezinhas, num ambiente onde a fantasia e a comicidade se fundem com os gestos simples da vida rural. “Entre uma mezinha e uma superstição, desvendamos um Portugal onde o imaginário popular molda a vida e os afectos”, afirma Ângela Marques, intérprete e diretora artística da companhia.
A componente musical, composta por Ricardo Fráguas, assenta também na tradição oral recolhida em Paredes e será interpretada ao vivo com o contributo de alunos do Conservatório de Música de Paredes.
O espetáculo insere-se na missão da Astro Fingido de valorizar o património imaterial e aproximar a criação artística das comunidades locais. Com 17 anos de atividade, esta associação cultural desenvolve projetos que abordam temáticas sociais, culturais e históricas, tanto no concelho de Paredes como em diferentes regiões do país.