Lara chega a Santiago de Compostela "pelo próprio pé", acompanhada pelo pai

Nos quilómetros finais, apesar do percurso ter sido mais tranquilo, houve momentos de esforço acrescido. “Houve uma fase em que tive esforço porque a Lara estava cansada. Eu, com a minha mochila às costas, trouxe a Lara por cima da mochila”, contou Pedro Ferreira, que já havia dado uma entrevista ao nosso jornal sobre a experiência. 

Ainda assim, a filha chegou a pé, e o momento da chegada foi descrito como “incrível”. O pai admite que partiu com dúvidas sobre a capacidade de completar o percurso: “Fiz aquilo que pensava não ser possível, que a menina não aguentasse. Eu também tinha dito que, se não desse, iríamos embora. Mas, felizmente, chegámos.”

Pedro Ferreira destacou a importância da tentativa: “Nada é impossível, pois só não consegue quem não tenta.” Ao longo do caminho, encontrou inspiração noutras histórias de superação: “Vi octogenários a caminhar, vi pessoas sem uma perna, pessoas de cadeira de rodas. Se essas pessoas com limitações conseguem, a Lara também tinha que conseguir.”

A jovem completou o desafio com esforço, e o pai acredita que esse empenho teve retorno. Após a chegada, ficaram a desfrutar da vista da catedral, e Lara, assim que ali chegou, quis logo desenhá-la. “Para ela, foram umas férias diferentes. Para mim também. Foi um caminho impactável”, resumiu Pedro Ferreira.