Tal como é o caso de muitos portugueses, o AVC de António Conceição “foi um imprevisto”. De repente, aos 41 anos, o gerente bancário foi transportado de emergência para o hospital onde, apesar de parecer estável, acabou por piorar, sofrendo um ataque mais grave.
“Na altura nem sabia o que era um AVC”, confessou o presidente da associação. “Depois de acontecer dei início ao meu percurso de reabilitação que me permitiu superar as sequelas do acidente”, acrescentou.
Atualmente, António Conceição continua o seu esforço de recuperação através de fisioterapia, pois embora tenha ultrapassado grande parte das consequências do seu ataque, ainda restam sequelas que afetam o dia a dia do sobrevivente de AVC. A jornada de recuperação do presidente da associação foi marcada por “dois anos de aposta ao máximo em tudo o que podia”, salientou.
Durante esta fase, António Conceição beneficiou de certas condições que facilitaram a sua recuperação, algo que o próprio reconhece não ser o caso de muitos doentes em condições semelhantes. “Sentia que a generalidade dos portugueses a passar por esta situação não beneficiava das mesmas condições às quais tive direito e acabei por refletir em como poderia ajudar essas pessoas”, contou.
Esta questão permaneceu na cabeça do agora presidente da Portugal AVC que depois de ser desafiado para fazer parte de uma ação no estrangeiro sobre estas problemáticas, voltou ao país determinado para fazer a diferença. “Se os outros lá fora conseguem então porque é que não o conseguimos em Portugal”.
