A avaliação foi dividida em dois turnos: o primeiro teve início às 09h30 e o segundo às 12h00, abrangendo milhares de alunos em todo o país. A transição para o suporte digital foi anunciada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, depois de, em 2023, a prova ter sido mantida em papel pela anterior tutela, liderada por João Costa, que considerou não estarem reunidas as condições técnicas para a mudança.
Este ano, o cenário é diferente. Segundo Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), as escolas estão preparadas e confiantes. "A máquina está montada. Estamos em condições de avançar com segurança para que as provas do 9.º ano sejam realizadas em suporte digital", afirmou.
Em sentido contrário, o movimento Missão Escola Pública alertou para a falta de equidade no processo, considerando que nem todas as escolas e alunos partem das mesmas condições tecnológicas, e antecipou possíveis perturbações num momento que deveria ser de tranquilidade para os estudantes.
Apesar das críticas, Filinto Lima sublinhou que as escolas têm vindo a preparar-se desde o início do ano letivo e que as Provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA), realizadas entre 19 de maio e 6 de junho nos 4.º e 6.º anos, também em formato digital, serviram de ensaio geral, revelando apenas constrangimentos pontuais.
Após a prova de Matemática, os alunos do 9.º ano voltam a ser avaliados na próxima quinta-feira, 20 de junho, com a prova de Português, também em formato digital.
A digitalização das provas finais representa um passo significativo na modernização do sistema educativo, embora continue a gerar debate quanto à sua execução e impacto na igualdade de oportunidades.