Liga das Nações: Conquista portuguesa é “um estímulo de um país que acredita em si próprio”, diz Montenegro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou que a conquista da Liga das Nações pela seleção portuguesa de futebol representa “um estímulo de um país que acredita em si próprio”, sublinhando o impacto simbólico do feito alcançado no domingo, em Munique.

Montenegro falava esta segunda-feira aos jornalistas em Nice, França, onde participou na terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, no dia seguinte à vitória portuguesa na final contra a Espanha, decidida por grandes penalidades (5-3), após um empate a duas bolas no prolongamento.

“Tivemos uma jornada de portugalidade e daquilo que é um estímulo de um país que acredita em si próprio. Nós conseguimos bater-nos contra aquela que é, porventura, a seleção mais competitiva do mundo nesta altura. Conseguimos recuperar de desvantagem – e não foi uma vez, foram duas vezes – o que é desde logo significativo”, destacou o primeiro-ministro.

O chefe do Governo assistiu ao jogo ao lado do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Estádio Olímpico de Munique, partilhando o entusiasmo pelo segundo título português nesta competição da UEFA, após o triunfo inaugural em 2019.

Montenegro aproveitou para alargar o significado da vitória desportiva a outras áreas da vida nacional: “Isso é bom, acontece no futebol mas também pode acontecer noutras áreas. No mar, na economia, nas empresas, na cultura.”

“Fiquei, de facto, satisfeito em nome do povo português e com Sua Excelência o Presidente da República pudemos expressar o nosso sentimento de gratidão e de orgulho”, afirmou, sublinhando a importância do momento para a autoestima coletiva.

Portugal reforça estatuto na Liga das Nações

Seis anos depois de ter conquistado a primeira edição da Liga das Nações, com um triunfo por 1-0 frente aos Países Baixos no Estádio do Dragão, Portugal voltou a erguer o troféu, tornando-se a primeira seleção a vencer duas vezes esta jovem competição continental.

Com este resultado, a equipa das quinas ultrapassa Espanha (campeã em 2023) e França (vencedora em 2021) no palmarés da prova, cimentando o seu estatuto como uma das seleções mais consistentes da Europa na última década.

A vitória foi marcada pela resiliência portuguesa, que recuperou duas vezes de desvantagem no marcador e venceu com frieza na decisão por penáltis, evidenciando a maturidade e a ambição do grupo liderado por Roberto Martínez.