Nuno Freitas, de 71 anos, natural do Porto e residente em Amarante desde a infância, é doutorado em Teoria da Educação, História da Educação e Pedagogia Social. Professor aposentado do ensino básico, tem ainda no seu percurso a colaboração com o jornal Tribuna de Amarante e com a publicação Luta Social, sendo autor de diversas obras de literatura infantil e com participações em antologias poéticas e coletâneas.
O candidato acredita num “projeto alternativo para a cidade de Amarante” e aponta preocupações concretas no território: “Amarante encontra-se na iminência de uma crise, a falta de habitação é uma realidade da cidade e as rendas aqui praticadas são incompatíveis com a cultura de baixos salários adotada na região do Tâmega e Sousa”, afirma. A candidatura pretende “oferecer soluções reais para pessoas reais, que cá vivem e trabalham e que querem fazer de Amarante morada para si e para os seus”.
Para a Assembleia Municipal, o Bloco de Esquerda apresenta Leonor Costa, de 18 anos, natural da freguesia de Vila Chã do Marão. Estudante da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, a jovem candidata ingressou na área de Sociologia após concluir os estudos na Escola Secundária de Amarante.
O percurso de Leonor Costa tem raízes no ativismo feminista e estudantil, que quer agora levar à intervenção autárquica. “Sei que os amarantinos sentem na pele o aumento das desigualdades sociais na cidade. É de assustar o êxodo rural jovem que se observa no município, vejo diariamente o desespero de amigas e amigos que com cada vez mais regularidade têm de sair do município onde crescemos porque não há oportunidade para cá ficar”, afirma, sublinhando: “Não há emprego para os jovens qualificados. Há muito tempo que esperamos que quem governa mude esta situação, em 7 anos perdemos mais de 4000 habitantes, principalmente jovens, e é preciso na Assembleia Municipal quem queira mudar esta situação”.
A candidatura do Bloco de Esquerda pretende afirmar-se como uma alternativa às forças políticas que têm governado o concelho. Segundo o partido, “há mais de 10 anos” que não existe nos órgãos autárquicos de Amarante “uma força de esquerda opositora às políticas de privatizações, de descuido com a habitação e de desinvestimento na população do PSD/CDS viabilizadas pelo PS”.
“Por Amarante, o Bloco vai à luta mais uma vez”, conclui o comunicado bloquista.