logo-a-verdade.svg
Portugal
Leitura: 5 min

Eleições Legislativas 2025: Indisposição de André Ventura e confiança da AD e PS marcam penúltimo dia de campanha

Nova indisposição de André Ventura, arruadas no Porto e apelos finais ao voto dominaram o 12.º dia de campanha eleitoral para as Legislativas de 2025.

Redação

A reta final da campanha eleitoral ficou esta quinta-feira, 15 de maio, marcada por uma nova indisposição de André Ventura, que levou o líder do Chega a ser hospitalizado novamente, e pelas arruadas tradicionais da Aliança Democrática (AD) e do Partido Socialista (PS) na rua de Santa Catarina, no Porto, onde os líderes mostraram confiança na vitória.

AD e PS disputam atenção nas ruas do Porto

O presidente do PSD, Luís Montenegro, manifestou-se convicto de que os portugueses vão dar continuidade ao trabalho do Governo. Em plena arruada da AD no Porto, Montenegro protagonizou momentos de euforia, andou às cavalitas e chegou mesmo a saltar, incentivado pelos jovens da JSD.

“Creio que os portugueses e as portuguesas, tranquilamente, com a serenidade de um povo que foi sempre muito inteligente e muito profundo na sua avaliação, vão dar as condições de que precisamos”, declarou.

Já Pedro Nuno Santos, líder do PS, participou num almoço com quase mil pessoas em Paços de Ferreira, onde apelou ao voto dos indecisos. De regresso à rua de Santa Catarina, considerou “uma loucura” a multidão que acompanhou a habitual arruada socialista, e garantiu: “O PS vai ganhar estas eleições”.

Ventura volta a ser hospitalizado

O presidente do Chega, André Ventura, voltou a sentir-se mal durante uma ação de campanha em Odemira. Depois de uma indisposição ocorrida na terça-feira à noite que motivou observação hospitalar em Faro, Ventura foi novamente transportado de ambulância, primeiro para o centro de saúde local, depois para o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, e mais tarde transferido para o hospital de Setúbal, onde foi submetido a um cateterismo.

Apesar do incidente de saúde, o Chega não anunciou alterações no planeamento da campanha para o último dia.

IL, CDU, Livre, BE e PAN intensificam apelos

Em Amarante, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, criticou o apelo ao “voto útil”, que disse ser usado por quem “fez muito pouco”, e defendeu antes um “voto forte” na IL para garantir uma governação de quatro anos.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, brindou ao povo no Barreiro e reforçou que a CDU é “a única força que não foge um milímetro ao que importa”. Em Lisboa, Rui Tavares, porta-voz do Livre, afirmou que o PS deve disputar votos com a AD, não com o seu partido, e frisou o objetivo de alcançar o quarto lugar, em disputa com a IL.

No Porto, Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, pediu o voto útil no BE para pressionar o PS a aceitar medidas como os tetos máximos nas rendas. Já Inês Sousa Real, do PAN, garantiu em Famalicão que lutará por um compromisso interpartidário contra a violência doméstica, com medidas concretas para apoiar as vítimas.

Controvérsia em Lisboa com o Ergue-te

O partido Ergue-te viu o seu pedido de manifestação para sexta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, ser recusado pelo presidente da Câmara, Carlos Moedas, com base num parecer da PSP que apontava para “risco real e fundado de perturbação da ordem pública”.

Apesar da proibição, o líder do Ergue-te confirmou que manterá a ação de encerramento da campanha no local, desafiando a decisão municipal.

Último dia de campanha à porta

Esta sexta-feira será o último dia de campanha antes da ida às urnas no domingo, 18 de maio, com os partidos a concentrarem esforços para convencer os indecisos e mobilizar o eleitorado. A disputa permanece intensa e os próximos dias serão decisivos para definir o futuro político do país.