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Portugal
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Alunos do 9.º ano ainda não sabem as notas dos exames nacionais

As pautas com os resultados finais dos alunos do 9.º ano deveriam ser afixadas esta segunda-feira, 15 de julho, mas várias escolas em todo o país continuam sem receber as classificações das provas finais nacionais de Português e Matemática, impedindo a conclusão dos processos avaliativos.

Redação

A situação está a gerar preocupação junto de direções escolares, professores, alunos e encarregados de educação, já que os estabelecimentos de ensino não receberam até ao final da tarde qualquer informação oficial sobre o motivo do atraso. A responsabilidade pelo envio dos resultados cabe ao Ministério da Educação.

“Ainda não chegou nada nem sequer qualquer informação e há muito trabalho que depende desses resultados”, afirmou Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), em declarações à agência Lusa.

De acordo com Manuel Pereira, a divulgação das pautas só pode ocorrer após os conselhos de turma, que determinam a nota final dos alunos com base nas provas nacionais, que representam 30% da classificação.

No Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em Cinfães, onde cerca de cem alunos realizaram os exames nacionais, estima-se que sejam necessárias “pelo menos duas horas” para afixar as pautas, assim que os resultados forem recebidos. A direção escolar sublinha que os professores terão de calcular as notas finais com base nas classificações das provas e nos restantes elementos de avaliação interna.

Em alguns agrupamentos escolares, como o de Miraflores (Algés), a situação já foi comunicada formalmente às famílias.

“Até ao momento, as escolas ainda não receberam as classificações das provas de 9.º ano, as quais são de responsabilidade do Ministério da Educação”, lê-se numa nota enviada pela direção escolar aos encarregados de educação por volta das 17:00.

A mesma informação refere que não foi prestado “qualquer esclarecimento oficial adicional sobre os prazos ou o impacto nos procedimentos da segunda fase”.

O mesmo cenário verifica-se em Lisboa, no Agrupamento de Escolas de Benfica, e em Almada, no Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade, onde fontes confirmaram à Lusa, ao final da tarde, que continuavam sem acesso aos resultados. Algumas escolas planeiam manter-se abertas até às 21:00 para tentar proceder à afixação ainda hoje, caso as classificações cheguem entretanto.

Apesar dos atrasos, o presidente da ANDE considera que, se os dados forem disponibilizados ainda hoje, o processo poderá decorrer “dentro do prazo legal”. No entanto, alerta para a sobreposição de prazos, já que amanhã, dia 16 de julho, começam as inscrições para a 2.ª fase dos exames, que terminam logo na quinta-feira, dia 17.

“As escolas ficam abertas as horas que forem necessárias, mas há um limite dentro do razoável”, comentou Manuel Pereira, sublinhando a pressão sobre os profissionais neste período crítico.

O dirigente associativo admite que deverão ser poucos os alunos a repetir os exames, pois “um aluno fica automaticamente reprovado se tiver negativa cumulativamente a Matemática e Português”.

A Lusa contactou o Ministério da Educação durante a manhã desta segunda-feira para obter esclarecimentos sobre os motivos do atraso, mas até ao momento da publicação desta notícia ainda não foi obtida qualquer resposta oficial.