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Sociedade
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Suspeito de matar estudante em Braga fica em prisão preventiva

Jovem de 27 anos foi detido ao tentar fugir do país e está em prisão preventiva após ser ouvido em tribunal.

Redação

homem de 27 anos suspeito de ter esfaqueado mortalmente um estudante de 19 anos, junto ao Bar Académico da Universidade do Minho, em Braga, ficará em prisão preventiva. A decisão foi tomada esta sexta-feira, 19 de abril, pelo Tribunal de Instrução Criminal de Vila Nova de Famalicão.

A medida de coação mais gravosa foi aplicada após o primeiro interrogatório judicial, na sequência da detenção do suspeito pela Polícia Judiciária (PJ), na quinta-feira, 17 de abril, em Castelo Branco, quando se preparava para abandonar o país.

Arguido nega autoria do crime

Em declarações à agência Lusa, o advogado de defesa, António Falé de Carvalho, afirmou que o arguido "deu uma explicação de que não era o autor do homicídio". No entanto, o tribunal considerou existirem indícios suficientes para determinar a prisão preventiva. A defesa anunciou a intenção de recorrer da decisão para o Tribunal da Relação.

Crime ocorreu junto ao Bar Académico

O crime ocorreu na madrugada de sábado, 12 de abril, por volta das 05:30, à porta do Bar Académico, em Braga. A vítima, conhecida como ‘Manu’, era aluno do 12.º ano da Escola Secundária D. Maria II. Foi atacado com uma arma branca e acabou por morrer no hospital devido aos ferimentos graves.

De acordo com a PJ, o homicídio resultou de confrontos físicos entre dois grupos distintos, que tinham sido previamente expulsos do estabelecimento após uma discussão verbal. Já no exterior, os grupos envolveram-se novamente em agressões, momento em que o suspeito terá desferido os golpes fatais com uma faca, atingindo o jovem na zona torácica e num braço.

Investigação levou à detenção em Castelo Branco

Após o crime, a Polícia Judiciária deu início a diligências ininterruptas, tendo conseguido identificar e localizar o suspeito, que se encontrava refugiado numa zona isolada do interior do país. A PJ refere que o homem se preparava para fugir para o estrangeiro no momento em que foi detido.

Bar parcialmente destruído por incêndios

O Bar Académico, onde ocorreu o crime, é propriedade da Universidade do Minho e foi cedido à Associação Académica, que por sua vez concessionou a exploração a um empresário. Desde o homicídio, o edifício foi alvo de dois incêndios, que provocaram danos significativos e a destruição parcial do espaço. As causas dos fogos ainda estão a ser investigadas.

O caso chocou a comunidade académica e a cidade de Braga, estando a investigação ainda em curso para apurar todos os contornos do crime. A prisão preventiva do principal suspeito marca um novo passo no processo judicial, enquanto a defesa prepara recurso e a PJ continua a recolher elementos para esclarecer os motivos e circunstâncias do homicídio.