“Apesar de ter alguns desafios, Lordelo era um sítio seguro que me permitiu explorar e olhar para o mundo com segurança, porque sabia que podia voltar ao ‘ninho’. Permitiu-me ter asas bem grandes para explorar o mundo e ser um cidadão do mundo”, confessa.
Foi esta forma de pensar e de estar na vida, que o levou a atravessar fronteiras físicas e emocionais na procura de um ensino mais significativo, mais humano e mais adaptado às verdadeiras necessidades dos alunos, sempre com base no “fascínio pela compreensão da vida”. A formação na música, que levou aos Açores, foi apenas o ponto de partida para dar resposta à vontade de “explorar lugares mais distantes”. Em 2010 foi convidado a lecionar na escola portuguesa de Timor-Leste, onde encontrou alunos “muito motivados, que viam a escola como algo fascinante. Era uma realidade completamente diferente daquela a que estava habituado. Timor-Leste tinha acabado de sair de uma ocupação militar”.