Óbito Papa Francisco: Bispo do Porto recorda "líder mundial na paz e fraternidade"

O bispo do Porto, D. Manuel Linda, manifestou esta segunda-feira, 21 de abril, profundo pesar pela morte do Papa Francisco, descrevendo-o como “um zeloso servidor da Igreja universal” e “muito apreciado líder mundial na paz e na fraternidade”. A nota de condolências foi publicada no site oficial da Diocese do Porto, poucas horas após a confirmação do falecimento do Sumo Pontífice.

“A notícia acaba de cair abruptamente e todos nós a sofremos”, lamentou o prelado, expressando a dor sentida pela comunidade católica com a partida do Papa, que liderava a Igreja desde 2013. Francisco morreu aos 88 anos, no Vaticano, após ter enfrentado recentemente complicações de saúde, incluindo uma pneumonia que o manteve hospitalizado durante mais de um mês.

Diocese do Porto irá promover missa de sufrágio

D. Manuel Linda garantiu que a Diocese do Porto irá promover, oportunamente, uma celebração eucarística de sufrágio pela alma do Papa Francisco, coincidindo com o período das cerimónias fúnebres no Vaticano. O bispo convidou todos os sacerdotes, diáconos e fiéis leigos a participarem na celebração, num gesto de comunhão espiritual e homenagem à memória do Pontífice.

“Comungamos a certeza da fé na ressurreição final e na vida eterna, mas sentimos a dor da sua separação”, afirmou ainda o bispo, apelando à oração por Francisco.

Como sinal de luto, foi recomendado às paróquias e demais instituições da diocese o uso dos habituais sinais exteriores de pesar, nomeadamente os toques de sinos.

Pontificado marcado pela proximidade e reformas

Eleito a 13 de março de 2013, Francisco foi o primeiro Papa jesuíta e o primeiro oriundo da América Latina. Nascido Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, assumiu a liderança da Igreja Católica após a renúncia de Bento XVI.

Durante os seus 12 anos de pontificado, enfrentou desafios complexos, como o combate aos abusos sexuais na Igreja, o posicionamento diante de conflitos armados, incluindo a guerra na Ucrânia, e a resposta à pandemia de covid-19. Ficou também conhecido pela sua linguagem próxima das pessoas, pelos apelos constantes à justiça social e pelo esforço de diálogo inter-religioso.

A última aparição pública do Papa Francisco aconteceu no domingo de Páscoa, durante a bênção “Urbi et Orbi”, no Vaticano. Faleceu esta segunda-feira, 21 de abril, deixando um legado profundamente marcado pelo apelo à paz, à fraternidade e ao cuidado com os mais frágeis.