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Marco de Canaveses
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Marco: Agrupamento de Escolas de Sande faz balanço "muito positivo" da iniciativa “Primavera Sande”

O Agrupamento de Escolas de Sande está a dinamizar, entre os dias 4 e 13 de junho, o evento “Primavera Sande”, no âmbito do Plano Cultural de Escola (PCE), com o objetivo de valorizar a criatividade, o património, a arte e a cultura local.

Redação

A programação inclui diversas atividades abertas à comunidade educativa, destacando-se a iniciativa especial realizada ao final da tarde de quinta-feira, 12 de junho, na escola sede.

O programa deste dia 12 começou pelas 18h00, com o sarau “Rimas ao Entardecer em Festa”, dedicado à comemoração do nascimento de Luís de Camões, assinalando os 500 anos do poeta. Às 19h00 teve lugar a visita guiada à exposição “Património (Im)porta” e, entre as 19h30 e as 20h15, os participantes partilharam um lanche ajantarado.

A professora Estela Pinheiro, coordenadora do Plano Cultural de Escola, explicou que o evento representa o culminar de um ano de trabalho no âmbito do Plano Nacional das Artes: “O trabalho que assistimos hoje integra-se no evento Primavera Sande, que é o culminar do trabalho realizado ao longo do ano no âmbito do Plano Cultural de Escola”.

Durante todo o dia, a escola manteve-se aberta à comunidade através da iniciativa “Quinta Arte – Open Day”, com atividades contínuas entre as 08h15 e as 20h15. Segundo a coordenadora: “Durante a manhã tivemos vários workshops artísticos. As turmas tiveram a oportunidade de fazer experiências artísticas: dança, cinema, viram uma curta-metragem, comentaram a curta-metragem 'Os Mercadores de Gelo' de João Gonzalez, fizeram um workshop de pintura e de land art”.

A tarde foi dedicada à combinação entre o património literário e o património local, através da realização do sarau e da exposição “Património (Im)porta”, patente desde 4 de junho.

A mostra é composta por obras artísticas criadas a partir de portas antigas, transformadas por alunos e professores, representando ícones do património local como a Igreja de Penhalonga, a capela de Fandinhães, as vindimas, o Rio Douro, a Serra da Aboboreira ou até a gastronomia local, com destaque para uma porta dedicada à “cozinha da minha bisavó”, que inclui um e-book com receitas tradicionais e vídeos explicativos.

Estela Pinheiro destacou o papel central dos alunos e da comunidade: “As portas foram doadas por encarregados de educação. O trabalho resultou de assembleias de turma ou de aulas de projeto, português, educação visual ou tecnológica. Pintaram, escolheram as cores, selecionaram tampinhas… isto é um trabalho pedagógico que só faz sentido com a colaboração dos alunos”.

Sobre o impacto da iniciativa, a professora salientou que a escola tem um papel importante na aproximação dos jovens à cultura: “Estamos numa zona maioritariamente rural. Aqui também há cultura, aqui também há arte, mas o assistir a um concerto, saber como estar numa sala de cinema ou teatro, são aprendizagens que se fazem na escola”.

Apesar das limitações físicas e logísticas, a coordenadora considera que o balanço é “Muito positivo. Importa sempre valorizar aquilo que são os pequenos milagres do sistema educativo e do ser escola. Demos possibilidade aos alunos de aumentarem as suas vivências artísticas, de experimentarem um tipo de cinema diferente. É esse o papel da escola: dar diferença, pôr os alunos a questionar o seu caminho”.