A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) manifestaram esta segunda-feira, 21 de abril, profundo pesar pela morte do Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos, após 12 anos de pontificado. Ambas as entidades sublinharam o legado de "fraternidade, liderança e humanidade" deixado pelo líder da Igreja Católica.
"Foi um homem de coragem e de convicções. Um verdadeiro defensor de causas humanas, próximo dos que mais precisam e exemplo de liderança pela palavra, pelo gesto e pelo coração. Deixa uma marca profunda no nosso tempo", afirmou Reinaldo Teixeira, presidente da LPFP, através de comunicado oficial.
A Liga destacou ainda a mensagem de unidade promovida por Francisco durante a sua visita a Lisboa, no verão de 2023, no âmbito das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), evento ao qual a LPFP se associou com "enorme orgulho", através da sua Fundação do Futebol.
No mesmo comunicado, o organismo que rege as competições profissionais em Portugal expressou solidariedade para com a Igreja Católica e todos aqueles que viam no Papa "uma referência de humanidade", independentemente da sua fé.
Também a Federação Portuguesa de Futebol se associou ao luto, com o presidente Pedro Proença a recordar o impacto do pontífice: “O seu legado de fraternidade deve ser seguido e honrado”. Como forma de homenagem, a FPF determinou que será cumprido um minuto de silêncio em todos os jogos sob a sua alçada até 27 de abril, incluindo as partidas da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal: Rio Ave – Sporting (terça-feira) e Benfica – Tirsense (quarta-feira).
Um Papa marcado pela proximidade e ação
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa em março de 2013, tornando-se o primeiro jesuíta e o primeiro pontífice vindo das Américas. O seu pontificado ficou marcado pela abertura ao diálogo inter-religioso, a defesa dos mais pobres, a luta contra os abusos sexuais na Igreja e o apelo constante à paz em tempos de conflito global.
Apesar dos problemas de saúde que enfrentava, incluindo uma pneumonia bilateral que o levou a um internamento prolongado, Francisco manteve-se ativo até ao fim. A sua última aparição pública foi na tradicional bênção "Urbi et Orbi", no domingo de Páscoa, a 30 de março. Faleceu na véspera, após semanas de agravamento do seu estado clínico.