Jovens artesãs dão nova vida ao artesanato no Marco de Canaveses

Com origens e percursos distintos, partilham a mesma paixão: criar com as mãos e inspirar as novas gerações. Maria Machado, natural do Brasil, vive no Marco de Canaveses há três anos e meio e encontrou na associação uma porta aberta ao acolhimento e à valorização do seu trabalho. “Comecei a fazer artesanato e vi uma oportunidade na associação. Juntei-me a eles e fui acolhida com todo o gosto”, conta. É laceira e dedica-se à criação de laços e acessórios para crianças e adultos, que compõe com apliques, biscuit e outros elementos decorativos.

Já Lia Santos, que cresceu a ver de perto as feiras mensais da associação a acontecer na rua da sua casa, decidiu há cerca de dois anos dar o salto para o mundo do artesanato. “Costumava ir sempre às feiras, até que me deu vontade de começar a desenvolver a minha própria arte. Falei com a Dr.ª Glória e fui muito bem recebida”, lembra. Produz velas artesanais com cera de soja e produtos naturais, bem como peças feitas em resina ecológica não tóxica.

Mais do que manter viva a tradição, ambas têm como missão despertar nas crianças e jovens o interesse pelo artesanato. “Mostrar isto às crianças é ajudá-las a verem o artesanato como algo bom, que as pode afastar da tecnologia e ajudá-las a desenvolver capacidades”, sublinha Maria Machado. Uma ideia partilhada por Lia Santos, que reforça: “É essencial deixarmos os telemóveis e o mundo digital para que as crianças interajam umas com as outras, conheçam a arte, a natureza e o convívio entre diferentes gerações”.

Com criatividade, empenho e espírito comunitário, estas duas jovens artesãs provam que o artesanato continua vivo, e com futuro.