Durante a infância e adolescência, Rui participou assiduamente em festivais de música um pouco por todo o país, sempre com o apoio incondicional dos pais. “Dos 8 aos 18 anos, fiz dezenas de festivais, e cada vitória alimentava em mim a certeza de que isto podia ser mesmo o meu futuro.”
Aos 18 anos, a sua carreira deu um salto mediático ao participar no programa Ídolos, um dos primeiros concursos de talentos com grande audiência em Portugal. “Foi a minha primeira grande experiência. Era muito ingénuo, não sabia jogar o jogo da televisão, mas os comentários foram sempre positivos e tive o apoio da minha cidade, o que me marcou profundamente.”
Mas um dos episódios mais surpreendentes do seu percurso foi a participação na Eurovisão, ainda que não como representante de Portugal. Em 2014, Rui foi convidado por uma equipa internacional de produtores cipriotas e gregos que o viram atuar em Lisboa, e acabou por integrar os coros da Rússia no palco do maior festival de música europeu. “Chamavam-me o ‘Sorriso de Portugal’. Tinha a imagem e a voz que eles queriam. Ensaiámos na Grécia e vivi uma experiência única, mesmo não sendo o palco principal.”
O sucesso foi tal que, em 2018, Rui voltou à Eurovisão, desta vez a convite da mesma equipa, mas agora como corista do Azerbaijão, quando o festival se realizou em Lisboa. Ainda assim, o seu sonho maior permanece por cumprir: representar Portugal como cantor principal no palco da Eurovisão. “Já participei três vezes no Festival da Canção e fiquei sempre em terceiro lugar. Quero muito um dia alcançar esse palco, sobretudo porque foi um sonho que os meus pais me incutiram — e agora só a minha mãe está cá para o ver.”