A Descoberta da Vocação Musical
Influenciada pela família, Maria viria a descobrir uma paixão pelo mundo musical, mas a própria ainda não se via a dedicar a tempo inteiro a uma carreira musical. “Seguir música não era a minha primeira escolha para o futuro. Aliás, no secundário optei por seguir o curso de ciências normal com o suplemento da academia à parte”, explica.
Ainda confiante de que um dia “acabaria por largar a música e que ia só tocar na banda de vez em quando”, Maria João continuaria a estudar até surgir uma oportunidade de entrar num curso de música.
“Fiz o secundário de forma regular, mas também fiz as provas para a Escola de Percussão de Lisboa e para a ESMAE no Porto e acabei por entrar em Lisboa”, conta. Um risco calculado por parte da estudante, Maria sabia que: “Se quisesse trocar de curso estava à vontade, esta era a única chance de seguir a música, então arrisquei e acabei por ficar na Escola Superior de Música de Lisboa”. Experiências anteriores em Lisboa ajudaram a aluna a avançar com esta escolha: “Já conhecia e gostava dos professores, então não foi difícil tomar esta decisão”.
Entre o Norte e o Sul de Portugal a cultura de bandas e concertos varia e Maria João revela que: “No Norte assistimos mais a uma cultura de bandas e concertos locais, algo que não é muito presente em Lisboa”. Pela experiência da trompista, “as bandas como elas são aqui no Norte ajudam muito na formação de músicos incríveis porque temos muito mais contacto com os instrumentos e o público”.