Celorico de Basto acolhe exposição “Estava escrito nas manchas”, de Filomena Bento

A mostra foi inaugurada a 10 de maio, numa cerimónia que destacou a ligação entre pintura e literatura, contando com a presença da artista plástica Carminda Andrade e da escritora Betina Ruiz.

Com curadoria de Carminda Andrade, a exposição foi organizada pela Associação Andorinha Astuta, com o apoio da Câmara Municipal de Celorico de Basto. A iniciativa pretende valorizar a arte e o associativismo cultural no concelho.

A mostra é composta por duas partes, sendo a primeira um conjunto de pinturas criadas a partir de 2019 sem estudo prévio, nas quais Filomena Bento parte de manchas aleatórias para construir as suas obras. A exposição inclui ainda dois trabalhos dedicados ao tema dos jardins.

Paralelamente à exposição, está disponível o livro MARI, da escritora brasileira Betina Ruiz, residente em Guimarães, ilustrado por Filomena Bento. A obra resulta de uma investigação sobre as Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado, abordando o modo como as mulheres expressavam emoções e pensamentos no século XVII.

O programa inclui várias atividades paralelas:

• 19 de maio: visita guiada e aula aberta sobre Vincent van Gogh, com Carminda Andrade;

• 22 de maio: três aulas abertas – sobre as Cartas Portuguesas, por Betina Ruiz (16h-17h); sobre “luzes e sombras do Barroco”, com destaque para Caravaggio e Vermeer, por Filomena Bento (17h-18h);

• 23 de maio: aula aberta sobre “Arte e Matemática”, com Filomena Bento e os professores Filomena Esteves e Jorge Vasconcelos, dirigida à comunidade e aos alunos do 11.º ano de Artes Visuais;

• 26 de maio: tarde cultural promovida pela Universidade Sénior de Celorico de Basto, com aulas de pintura e música (15h-18h).

Durante o período da exposição, realizam-se ainda visitas guiadas todas as segundas-feiras, das 17h30 às 20h00, orientadas por Carminda Andrade.

A mostra reafirma o compromisso de Celorico de Basto com a promoção das artes e da cultura, dando palco a artistas e autores contemporâneos.