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Marco de Canaveses
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Novas Unidades Locais de Proteção Civil reforçam segurança no Marco de Canaveses

Marco de Canaveses criou três novas Unidades Locais de Proteção Civil, formalizadas este sábado, 26 de julho, com a assinatura de protocolos, reforçando a segurança em mais seis freguesias do município.

Redação

A assinatura dos protocolos entre o Município de Marco de Canaveses e seis juntas de freguesia permitiu a criação de três novas Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC), numa cerimónia realizada na manhã deste sábado, 26 de julho, nos Paços do Concelho.

Estas novas ULPC abrangem as freguesias de Bem Viver e Vila Boa do Bispo; Constance e Vila Boa de Quires e Maureles; e Tabuado e Várzea, Aliviada e Folhada, e juntam-se às três já existentes no concelho, reforçando assim a capacidade de resposta em proximidade às populações.

Um exemplo nacional em matéria de proteção civil

Para Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal, este é “um dia importante para o município”, pois representa um novo passo na estratégia de segurança e prevenção. “Hoje entregamos formalmente as viaturas a estas novas unidades, compostas por seis freguesias agregadas duas a duas. Com esta medida, temos agora um número substancial de freguesias organizadas com voluntários equipados e formados para apoiar a comunidade”, afirmou.

A autarca destacou ainda o papel fundamental dos voluntários, sublinhando que são “pessoas que saem do conforto dos seus lares em noites de tempestade ou em dias de incêndios para ajudar a comunidade local. São eles que conhecem os caminhos, os idosos mais isolados, os pontos críticos. São forças de proximidade e de proteção”.

Investimento superior a 270 mil euros

A constituição destas unidades contou com um investimento de cerca de 270 mil euros, cofinanciado por uma candidatura ao Programa Operacional NORTE 2030, no valor global de 300 mil euros. Para além das viaturas 4x4, as ULPC receberam equipamento de proteção individual, garantindo melhores condições de segurança para os voluntários.

O município prevê ainda utilizar parte deste financiamento para reforçar os equipamentos dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses.

Resposta mais eficaz no terreno

Bruno Monteiro, coordenador municipal de proteção civil, explicou que estas seis unidades agora ativas “permitem cobrir praticamente todo o concelho em termos geográficos”, garantindo uma maior eficácia na resposta a situações de emergência. “Gostaríamos de ver uma ULPC em cada freguesia, mas estas já oferecem garantias de segurança a nível municipal”, afirmou.

O responsável sublinhou também o papel ativo destas unidades na prevenção, nomeadamente na época de incêndios: “Está provado que, se houver uma intervenção imediata na primeira hora de um incêndio rural, é possível evitar que se transforme num grande incêndio. E estas unidades têm essa capacidade de intervenção imediata no território que conhecem bem”.

Sérgio Barros elogia modelo de proteção civil local

A cerimónia de formalização das novas Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) contou com a presença de Sérgio Barros, Comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Tâmega e Sousa, que sublinhou o impacto positivo da descentralização da proteção civil para as juntas de freguesia.

“É um contributo extremamente positivo naquilo que é a resiliência de uma comunidade. Estamos a levar a proteção civil ao patamar mais próximo do cidadão”, afirmou o responsável, destacando que estas unidades representam um complemento importante à intervenção dos bombeiros e demais entidades profissionais.

Sérgio Barros realçou ainda a importância do envolvimento voluntário a nível local: “Estamos a incentivar o gosto pela terra. São cidadãos que se identificam com o que tem de ser protegido”. E defendeu que este modelo poderia ser replicado por todos os municípios da região: “Seria desejável que existisse uma ULPC por freguesia. Isso significaria que o trabalho de análise de riscos e a sua mitigação começava onde deve começar: junto do território”.

Exercício de demonstração na Venda da Giesta

Após a cerimónia de formalização, decorreu na Venda da Giesta, na serra da Aboboreira, um exercício conjunto que demonstrou a capacidade operacional das novas unidades no terreno, em articulação com os bombeiros e outras forças de proteção e socorro.

A criação das Unidades Locais de Proteção Civil no Marco de Canaveses é considerada um exemplo a nível nacional, integrando uma estratégia mais ampla de sensibilização, formação e envolvimento da comunidade. “Este trabalho com a comunidade educativa é o que vai garantir, no futuro, cidadãos mais informados e resilientes”, concluiu Cristina Vieira.