Segundo o partido, trata-se de uma equipa composta maioritariamente por pessoas nascidas e criadas no município que, após percursos académicos e entrada no mercado de trabalho, querem “dar uma nova energia ao ecossistema local”.
A lista à Câmara Municipal é encabeçada por Fábio Neto, 32 anos, licenciado em Criminologia e Direito, com ligação à cultura e ao meio artístico local. A candidatura à Assembleia Municipal será liderada por Filipe Rodrigues Fonseca, formado em Engenharia Informática. Mas, como sublinha o LIVRE, “as listas vão muito para além dos dois candidatos”, reunindo perfis “da Engenharia ao Direito, da Produção Audiovisual à Saúde”, unidos por “um propósito em comum: desenhar um novo futuro e dar um novo rumo ao município”.
A candidatura critica duramente as últimas décadas de governação local: “O concelho, com mais de três décadas de gestão de PSD e já com 12 anos de PS, não apresenta as respostas que se exigem ao dia de hoje, face ao potencial do município”. Entre os problemas identificados, destacam-se “a falta de oferta de transporte público quer dentro do concelho, quer para fora”, “a falta de oferta na habitação” e “a falta de estratégia e planeamento urbanístico”.
O LIVRE aponta ainda “a falta de capacidade de reinventar o setor do mobiliário e a marca da Capital do Móvel” e a “falta de apoio na criação de empresas”.
No campo ambiental, o partido denuncia: “não podemos em 2025, mergulhados em problemas sociais e ambientais à escala global, continuar a permitir o incentivo ao desperdício de água para pagar menos”, nem “tolerar mais e mais investimento em promessas de soluções para os problemas da ETAR, que mais parecem cair num poço sem fundo”.
Para o grupo, “os velhos problemas não se vão resolver com os mesmos que prometem resolvê-los há anos e anos”.
A cultura local também é apontada como área prioritária, com críticas ao desinteresse pela valorização histórica do concelho: “Por esta altura já todos sabemos os costumes de Época Medieval mas ninguém conhece as vestes ou os costumes de quem habitou a nossa citânia ou a História de quem foi sepultado no nosso dólmen”. Para o LIVRE, “não há cidade saudável sem uma cultura local viva, vibrante e ativa”, e é “essa autenticidade e oportunidade de expressão” que a candidatura quer devolver à população.
O partido conclui afirmando que Paços de Ferreira pode agora contar com “um grupo de defensores da democracia, com uma nova energia contra a estagnação, com o objetivo de elevar e atualizar o concelho” e com “uma força resiliente e uma voz ativa na luta contra populistas e saudosistas de tempos que deviam estar enterrados no passado”.