“Houve essa possibilidade do Juntos pelo Povo, muito em cima da entrega das listas também, quando até foi anunciado, mas a nível organizacional e também da nossa parte, a maior parte dos elementos queriam continuar como movimento”, declarou Manuel Pinho, que explicou que a coligação NC/PPM encabeçada por si tem a designação de Juntos Por Paredes, também nome do movimento, e que se decidiu alterar a candidatura “para conseguir continuar com o histórico do Juntos Por Paredes”.
“Acabámos por decidir ir conforme já fomos no passado. Não com o Aliança, que é um partido que está extinto, mas com o PPM, fazendo a coligação Juntos Por Paredes”, acrescentou o candidato.
Manuel Pinho recordou que, em 16 de julho, tinha dito à Lusa que se iria recandidatar à Câmara de Paredes pelo partido Juntos Pelo Povo (JPP). Questionado sobre a não apresentação formal do movimento Juntos Por Paredes como candidatura independente, admitiu que “não era fácil”, explicando que “sendo muito próximo da entrega das listas, era difícil conseguir reunir as assinaturas, e acabámos por fazer uma candidatura idêntica da que fizemos há quatro anos”.
Nas eleições autárquicas de 2021, a coligação NC/Aliança conseguiu eleger um membro para a Assembleia Municipal de Paredes, tendo obtido 3,13% dos votos nessa eleição, refere a nota.
No capítulo programático e de críticas ao atual executivo, Manuel Pinho afirmou pretender resolver problemas que “foram denunciados há quatro anos, como a questão do saneamento, que continuam por resolver”, sublinhando que “no século XXI é das coisas mais graves que se pode ter, as casas não terem saneamento básico, é um problema ambiental bastante grave”. O candidato manifestou também preocupação “com o estado financeiro da autarquia”, assinalando que “um passivo de mais de 200 milhões de euros acaba por poder condicionar o futuro de qualquer autarquia, muito mais a de Paredes, porque os processos movidos à autarquia, que têm a ver com o saneamento, poderão condicionar o futuro do desenvolvimento do concelho”.
Manuel Pinho apontou ainda “os graves problemas de mobilidade, numa cidade onde não há estacionamento e é caótico entrar ou sair de Paredes” e denunciou “o maior rio poluído da Europa, que é o rio Ferreira, onde são largados dejetos e lamas”. O candidato criticou igualmente “a falta de transparência do executivo” e afirmou que, “ainda mais grave, [é] de a população de Paredes ser das mais pobres da Área Metropolitana do Porto”, concluindo que “algo está a falhar no desenvolvimento económico e social do concelho”.
O atual executivo municipal é composto por sete vereadores do PS e dois do PSD.
São candidatos em Paredes, além de Manuel Pinho (NC/PPM): o atual presidente da câmara, Alexandre Almeida (PS); o empresário e antigo vice-presidente da Câmara de Paredes, Mário Rocha (PSD); o sociólogo José Moreira (CDU); e Patrícia Leal (IL).