A paralisação, convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (ST), surge na sequência de um impasse nas negociações com a administração da empresa.
Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão o fim de vencimentos base abaixo do salário mínimo nacional, melhorias salariais, pagamento das horas noturnas e manutenção do acesso ao parque de estacionamento. Segundo os sindicatos, estes pontos não têm sido cumpridos.
O SIMA acusa a administração, representada pelo vice-presidente Rui Gomes, de optar “pelo confronto em vez do diálogo”, criticando igualmente a TAP, detentora de 49,9% da empresa, por “virar costas” aos profissionais e aos clientes em plena época alta do turismo. A Menzies, que detém 50,1% do capital, rejeita as acusações, considerando-as “alegações infundadas” e defendendo a necessidade de “um diálogo justo e honesto” para evitar perturbações.
Esta paralisação poderá afetar especialmente o aeroporto de Lisboa, onde trabalham cerca de 2.000 dos 3.500 funcionários da empresa. Faro, Porto e Funchal também poderão registar atrasos e cancelamentos, ainda que com menor impacto.
A primeira greve, realizada entre 25 e 28 de julho, provocou o cancelamento de dezenas de voos, atrasos e situações em que aeronaves partiram sem bagagem ou carga. O porta-voz do SIMA, André Silva, prevê que a atual paralisação tenha um impacto semelhante.
A Menzies sublinha que foram implementados planos de contingência “robustos” em conformidade com os serviços mínimos definidos pelo Conselho Económico e Social, embora considere que esses serviços mínimos “são insuficientes”.
O SIMA apresentou recentemente duas queixas-crime no Ministério Público contra a administração da SPdH/Menzies e contra a TAP, alegando violação da Constituição e da Lei da Greve, nomeadamente por substituição direta de grevistas, alteração unilateral de horários, suspensão de pausas em períodos de calor extremo e pagamento de salários abaixo do mínimo nacional.
Estão ainda previstas mais três greves até ao final do mês: entre 15 e 18 de agosto, 22 e 25 de agosto e 29 de agosto e 1 de setembro.
As autoridades aconselham os passageiros com voos marcados a chegar ao aeroporto com antecedência — quatro horas para voos intercontinentais e três horas para destinos europeus — para se informarem sobre eventuais alterações ou atrasos. cria um titulo mais apelativo para esta noticia focado nas datas de greve