Depois de uma fase inicial negativa, apenas com derrotas, Portugal apresentou-se determinado e coeso, confirmando as palavras do selecionador Paulo Freitas, que prometera uma equipa a dar tudo dentro de rinque.
O encontro começou praticamente em festa para a formação lusa, quando Gonçalo Alves rematou à baliza adversária ao fim de apenas 15 segundos, sinal claro da ambição portuguesa. A pressão inicial trouxe várias ocasiões de golo, com destaque para remates de Zé Miranda, Rafa, Hélder Nunes e Miguel Rocha, obrigando a Espanha a redobrar esforços para travar a intensidade do jogo português.
Ainda assim, seria a Espanha a inaugurar o marcador, por intermédio de Aragonés, aos 37 minutos, numa jogada individual. O golo adversário poderia ter abalado a equipa lusa, mas o apoio ruidoso das bancadas fez-se sentir e Portugal conseguiu a reviravolta. Miguel Rocha empatou aos 39 minutos e, pouco depois, Hélder Nunes colocou a equipa em vantagem, aos 42, num remate frontal.
A emoção prolongou-se até ao fim: já nos últimos 20 segundos de jogo, e com cinco jogadores de campo, a Espanha conseguiu o empate, através de César Carballeira, levando a decisão para prolongamento e, mais tarde, para as grandes penalidades.
Nos penáltis, o guarda-redes Xano Edo foi herói ao defender três remates, garantindo o triunfo português e o apuramento para a final.
Portugal vai agora disputar o título europeu frente à França, que bateu a Itália por 9-5 na outra meia-final.