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Sociedade
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U.Porto confirma buscas da PJ em investigação de cartelização com material informático

A Universidade do Porto confirmou a realização de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) nas suas instalações, no âmbito de uma investigação relacionada com a alegada cartelização na aquisição de material informático. Em comunicado, a instituição esclarece que “a U.Porto estaria a ser vítima” deste esquema.

Redação

A operação em curso, que envolve também outras entidades públicas e privadas, terá sido desencadeada pela Procuradoria Europeia. Segundo o mesmo documento, as buscas integram-se numa investigação de larga escala, com diligências em várias zonas do país.

“A Universidade do Porto recebeu hoje uma equipa de inspetores da Polícia Judiciária, a qual se encontra a recolher informação no âmbito da investigação de um processo de cartelização relacionado com a aquisição de material informático, do qual a U.Porto estaria a ser vítima”, refere a nota oficial.

A U.Porto manifesta ainda total disponibilidade para colaborar com as autoridades e admite vir a constituir-se assistente no processo, caso surjam acusações formais, inclusive contra eventuais funcionários da própria instituição.

“Está a colaborar ativamente com o trabalho das autoridades e absolutamente empenhada no total esclarecimento de todos os factos relacionados com este processo”, pode ler-se.

PJ também no INEM

Além da Universidade do Porto, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) confirmou igualmente buscas nas suas instalações em Lisboa. Em comunicado, o INEM indica que “a Polícia Judiciária está presente no âmbito de um processo de investigação que envolve outras entidades” e que se encontra a “colaborar com as autoridades, disponibilizando toda a informação solicitada”.

Suspeitas de fraude com fundos do PRR

De acordo com informações avançadas pela CNN Portugal, a investigação envolve suspeitas de corrupção e fraude na obtenção de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com foco na aquisição de sistemas informáticos. O alegado esquema terá lesado o Estado e a União Europeia em dezenas de milhões de euros.

Os fornecedores de 'software' e 'hardware' envolvidos estariam maioritariamente sediados na região da Grande Lisboa, também alvo de buscas durante o dia de hoje.

A Procuradoria Europeia lidera o inquérito que poderá envolver práticas concertadas entre empresas e entidades públicas para inflacionar preços e condicionar concursos públicos, violando normas da concorrência e, potencialmente, a legislação penal.

A investigação prossegue.