No início do mês, tinha sido anunciado um calendário de cinco paralisações, sobretudo aos fins de semana de verão, devido à ausência de acordo entre as partes. As greves já se tinham feito sentir em dois períodos anteriores: de 25 a 28 de julho e de 8 a 11 de agosto.
O SIMA justificava a convocação das paralisações com a “intransigência da administração da Menzies”, então representada pelo vice-presidente Rui Gomes, acusando a empresa de recusar soluções que respeitassem os direitos laborais e os interesses do país.
Esta quinta-feira, 14 de agosto, o sindicato comunicou a retirada do pré-aviso de greve, após uma reunião no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que contou com representantes sindicais e da administração da Menzies.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estavam o fim dos salários abaixo do ordenado mínimo, aumentos remuneratórios, pagamento das horas noturnas e manutenção do acesso ao parque de estacionamento.
Com o acordo alcançado, ficam sem efeito as paralisações previstas para os períodos de 15 a 18, 22 a 25 e de 29 de agosto a 1 de setembro. O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde trabalham cerca de 2.000 dos 3.500 funcionários da Menzies, foi até agora o mais afetado pelas greves.