O presidente do Chega, André Ventura, afirmou esta quinta-feira, 1 de maio, na Nazaré, que a relação entre o primeiro-ministro Luís Montenegro e os clientes da empresa Spinumviva “levanta as maiores suspeitas” e exige esclarecimentos urgentes, sugerindo um cenário de possível promiscuidade e corrupção na atribuição de contratos públicos.
As declarações surgem na sequência de uma notícia do Expresso que dá conta de uma atualização, por parte do chefe de Governo, da sua declaração à Entidade para a Transparência. Nessa nova comunicação, feita na véspera do debate televisivo com o líder socialista Pedro Nuno Santos, Montenegro identificou mais empresas que tinham trabalhado com a Spinumviva, consultora de que foi fundador.
Esta atualização coincidiu com novas informações veiculadas pelo Correio da Manhã e pela CNN Portugal, que revelam que duas dessas empresas — já com histórico de ligação ao Estado — terão obtido contratos públicos de vários milhões de euros durante a governação atual.
Para André Ventura, a situação é “da maior gravidade” e representa “o símbolo da corrupção e da promiscuidade”. O líder do Chega questiona a imparcialidade do processo de contratação pública e critica aquilo que considera um favorecimento de empresas com ligações próximas ao primeiro-ministro.