Às 03h00 horas, os ponteiros devem ser atrasados para as 02:00 horas em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores o ajuste ocorre uma hora mais cedo, recuando da 01h00 para a meia-noite.
A mudança de hora, que acontece duas vezes por ano, visa alinhar o horário com a luz solar disponível, permitindo um melhor aproveitamento da luz natural. No inverno, o atraso dos relógios facilita que o amanhecer ocorra mais cedo, beneficiando atividades matinais e, historicamente, promovendo uma economia de energia. Já no verão, o adianto dos relógios garante mais horas de luz à tarde.
Este hábito remonta ao século XVIII, com Benjamin Franklin a propor ajustes nos horários para poupar velas, e foi oficialmente introduzido em Portugal em 1916. Durante a Primeira Guerra Mundial, diversos países europeus aplicaram medidas semelhantes para reduzir o consumo de energia. Na década de 1970, a crise do petróleo reforçou a prática, que se mantém até hoje, embora especialistas reconheçam que o impacto na poupança energética atual seja menor, devido aos avanços tecnológicos e às mudanças nos hábitos de consumo.
O Decreto Real 236/2002 e a Diretiva 2000/84/CE do Parlamento Europeu definem as datas de início e fim do horário de verão, publicadas anualmente no Jornal Oficial da União Europeia, assegurando um calendário previsível para os próximos anos. Para 2025, o calendário oficial mantém a mudança para o horário de verão e inverno, pelo menos até 2026.
A mudança de hora pode afetar o ritmo circadiano das pessoas, provocando efeitos temporários como insónia, cansaço, falta de concentração, irritabilidade e alterações de humor, normalmente durante três dias a duas semanas.
Embora a Comissão Europeia tenha proposto em 2019 a possibilidade de abolir a alternância entre horário de verão e inverno, deixando a escolha aos Estados-Membros, Portugal manterá a prática nos próximos anos. Até à data, não há decisão final sobre a abolição, sendo necessário um acordo entre o Conselho da União Europeia e o Parlamento Europeu.
Em resumo, os portugueses devem atrasar os relógios em uma hora na madrugada de sábado para domingo, ajustando-se à mudança para o horário de inverno, garantindo que o amanhecer ocorra mais cedo e prolongando a luz natural nas manhãs de outono e inverno.