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Marco de Canaveses
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Comandante Sérgio Barros elogia modelo de proteção civil local e defende sua implementação em todas as freguesias

O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Tâmega e Sousa, Sérgio Barros, destacou a importância estratégica destas estruturas de proximidade e defendeu a sua replicação por todos os municípios da região.

Redação

Proteção civil mais próxima do cidadão

A declarações do comandante foram feitas à margem da cerimónia de apresentação das novas Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) de Marco de Canaveses.

“Estamos a levar a proteção civil ao patamar mais próximo do cidadão, que é a junta de freguesia”, afirmou Sérgio Barros, sublinhando que estas unidades, compostas por voluntários locais, reforçam a capacidade de resposta imediata e conhecem melhor o território e os seus riscos. “Estas viaturas são um complemento extremamente importante à intervenção dos bombeiros e da vigilância florestal”, acrescentou.

Para o comandante sub-regional, a descentralização da política de proteção civil é essencial para uma gestão mais eficaz dos riscos: “É desejável que cada freguesia venha a ter a sua própria unidade local. Significa que o trabalho de proteção civil começa onde deve começar: no território”.

Apoio ao voluntariado e cultura de resiliência

Sérgio Barros elogiou ainda o envolvimento dos cidadãos no esforço de proteção civil, considerando que o apoio voluntário das freguesias é coerente com a estratégia da sub-região. “Preparamos melhores cidadãos, com formação e equipamento adequado, e ao mesmo tempo estamos a incentivar o gosto pela terra e o sentido de responsabilidade sobre o que tem de ser protegido”, referiu.

Sub-região enfrenta maior número de ignições do país

Apesar do reforço dos meios, Sérgio Barros alertou para a situação preocupante que se vive na sub-região. “Infelizmente, o Tâmega e Sousa é a sub-região do país com maior número de ocorrências de incêndios rurais em períodos críticos”, afirmou. Explicou que o dispositivo está totalmente operacional, com os bombeiros, equipas florestais e meios aéreos em prontidão máxima, mas reconheceu que a simultaneidade de ignições dificulta o ataque inicial.

O apelo principal do responsável vai para os comportamentos preventivos por parte da população: “Se não houver ignição, não há incêndio. O combate tem de começar antes — com a prevenção e com a vigilância mútua entre cidadãos”.

Cidadãos como primeiros agentes de proteção civil

O comandante concluiu com um pedido claro: “É fundamental evitar o uso de fogo e maquinaria em dias de risco elevado. Cada cidadão deve ser um vigilante do outro. A proteção civil somos todos nós, todos os dias”.