Valongo: Investimento de 17,75 ME na requalificação da ETAR de Ermesinde para despoluição do Rio Leça

A empreitada será financiada em 70% por fundos comunitários, ao abrigo do Programa NORTE 2030 – Ciclo Urbano da Água em Alta, estando prevista a adjudicação até ao final de 2025 e o início das obras no decorrer de 2026.  

O principal objetivo da intervenção é melhorar significativamente a qualidade da água do Rio Leça, promovendo a sustentabilidade ambiental e a preservação da biodiversidade neste curso de água que nasce e desagua na Área Metropolitana do Porto. A ampliação da infraestrutura permitirá ainda a produção de energia elétrica em regime de cogeração, através da valorização de biogás.

Durante uma visita técnica ao local, o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, sublinhou: “Estamos a cumprir o objetivo primordial de despoluir o Rio Leça". "Com esta intervenção, vamos contribuir decisivamente para recuperar e reabilitar o Corredor do Leça, devolvendo a qualidade da água e preservando a biodiversidade do único rio que nasce e desagua na Área Metropolitana do Porto”, acrescentou. 

A visita contou também com a presença do vice-presidente da autarquia, Paulo Esteves Ferreira, do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel Oliveira, bem como das equipas técnicas envolvidas no projeto, que será executado pela concessionária Águas de Valongo – Be Water.

A ETAR de Ermesinde e Alfena, em funcionamento desde 1998, encontra-se atualmente com a sua capacidade sobrecarregada, devido ao crescimento da população servida. Projetada para tratar 8.040 metros cúbicos de efluentes por dia, a estação processa atualmente uma média diária de 10.317 metros cúbicos, provenientes de cerca de 39.000 habitantes em Ermesinde e 14.000 em Alfena. Com a conclusão da obra, a capacidade de tratamento aumentará para 14.322 metros cúbicos por dia.

A empreitada contempla a construção de uma nova estação elevatória de efluente bruto e de um novo sistema de tratamento preliminar; a implementação de uma terceira linha de tratamento com reatores biológicos adaptados à remoção de azoto total e fósforo total, conforme a legislação ambiental em vigor; e ainda a instalação de uma unidade de digestão anaeróbia de lamas, com valorização energética do biogás produzido, em regime de cogeração.

Este investimento insere-se numa estratégia mais ampla de reabilitação ambiental e valorização dos recursos hídricos do concelho de Valongo, com impacto significativo na qualidade de vida das populações e na preservação dos ecossistemas locais.