Segundo avançou o Jornal de Notícias, a vítima, Nuno Sousa, e outro homem, Paulo Ferreira, de 57 anos, ambos sem-abrigo, residiam há cerca de um ano e meio numa loja desativada daquele mercado, cedida pela Câmara Municipal de Paredes.
Um homem de 48 anos morreu esta quarta-feira, 24 de setembro, no Hospital Padre Américo, em Penafiel, na sequência de agressões sofridas no dia anterior, durante uma discussão junto ao antigo mercado municipal de Lordelo, no concelho de Paredes.
Segundo avançou o Jornal de Notícias, a vítima, Nuno Sousa, e outro homem, Paulo Ferreira, de 57 anos, ambos sem-abrigo, residiam há cerca de um ano e meio numa loja desativada daquele mercado, cedida pela Câmara Municipal de Paredes.
De acordo com a mesma fonte, ao final da tarde de terça-feira, os dois homens envolveram-se numa discussão com um terceiro indivíduo, de 32 anos, que culminou em agressões na rua principal, junto à loja onde viviam.
Durante o confronto, Nuno Sousa terá empunhado um ferro, mas foi desarmado pelo homem mais novo, que o usou para agredir ambos os sem-abrigo, segundo o JN. Após a agressão, o alegado autor fugiu do local.
Os feridos foram assistidos pelos Bombeiros Voluntários de Lordelo e pelo INEM. Paulo Ferreira foi transportado ao Hospital Padre Américo. Já Nuno Sousa recusou, na altura, ser levado para a unidade hospitalar.
Na manhã do dia seguinte, quarta-feira, Nuno Sousa foi encontrado inconsciente na loja. Acabaria por ser transportado para o mesmo hospital, onde não resistiu aos ferimentos.
A ocorrência está a ser investigada pela Polícia Judiciária, que se deslocou ao local para realizar perícias e está agora a cargo da identificação e localização do suspeito. A GNR de Lordelo também esteve presente na intervenção inicial.
Ainda segundo o Jornal de Notícias, Nuno Sousa e Paulo Ferreira tinham sido afastados pelas respectivas famílias, devido a problemas relacionados com o consumo de estupefacientes. Sem emprego, sobreviviam graças ao apoio de vizinhos do antigo mercado, que lhes davam alimentos e dinheiro.
Em julho de 2023, ambos tinham dado declarações ao JN onde se queixavam das condições precárias do espaço onde viviam, sem eletricidade nem instalações sanitárias, apelando à disponibilização de uma casa pré-fabricada.