De uma sala “quase sem nada” para um museu privado do F.C.P. a coleção de António Couto não passa despercebida por ninguém e “agora como as pessoas já sabem disto até vão contribuindo ao oferecerem-me algumas peças. Têm-me facilitado bastante o trabalho de arranjar coisas novas”, salienta.
Quando questionado sobre a peça mais importante de toda esta coleção, o fã do F.C.P. aponta orgulhoso para uma moldura com uma fotografia da neta. “A peça mais especial que tenho é esta da nossa pequenina, agora já é uma mulher grande, mas gosto muito desta fotografia. Ela sim é que gosta mesmo do Porto”, conta o colecionador com um sorriso. Os olhares mais atentos podem reparar que por cima das prateleiras estão expostas várias fotos de família, todas elas dos netos, filhos e familiares de António Couto vestidos a rigor com o equipamento azul e branco, fotos que ocupam um lugar de destaque nesta coleção.
À medida que o portista vai descrevendo a coleção, é fácil de perceber o gosto que o próprio tem por cada peça. Cada uma delas carregando uma história, tendo sido uma prenda ou um achado, o colecionador sabe bem contar as origens de todos os seus pertences. Muitos deles foram comprados "em passeios de família" e outros tantos foram prendas, a verdade é que pelas prateleiras e paredes deste quarto há objetos de todos os cantos do país e até "do Luxemburgo e da Suíça".
Uma coisa "bonita de se ver”, António Couto revela que são muitos os pais e filhos que gostam de visitar este cantinho da sua casa. “Há muitas crianças que ficam com a ideia na cabela de visitar a casa do senhor Couto porque ele tem lá um museu do Porto e os pais depois não têm descanso enquanto os filhos não vierem cá”.
Pelas palavras do portista: “todos gostam de vir cá passar os olhos e até de tirar uma fotografia”, pois “aqui na zona não deve haver nenhuma casa como a minha”.
Fiel adepto desde os 13 anos, António Couto ainda se lembra de pegar uns “25 tostões para ir ver os jogos do Porto” e de assistir aos jogos no Estádio das Antas. Todos estes anos mais tarde, o homem de Várzea do Douro aprecia partilhar esta paixão com os amigos e especialmente com a família mas apesar de ser um "portista ferrenho", o colecionador diz que: “Não há palavras para descrever este gosto pelo clube. É uma paixão”.