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Marco de Canaveses
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António Couto é o homem do “mini-museu do F.C.P." de Várzea do Douro

De coleção para um “mini-museu do Futebol Clube do Porto”, António Couto dedica uma pequena divisão de casa à paixão pelo clube azul e branco.

Redação

Na freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão, já são muitos os que conhecem a coleção deste dedicado adepto portista e o próprio não esconde e mostra com orgulho a todos os interessados, a coleção de cachecóis, porta-chaves, bolas e muito mais. “Gosto muito do que aqui tenho, e mesmo as pessoas que não gostam de futebol, ou que não são portistas, assim que vêm este quarto admitem que isto é algo bonito de ser ver”, diz sorridente o dono da coleção.  

As quatro paredes desta pequena divisão “especial” estão revestidas de cima a baixo com todo o tipo de colecionáveis e merchandising do F.C.P., tudo objetos que António Couto foi adquirindo ao longo dos anos.

O adepto e colecionador entusiasta do clube dos dragões quase que sabe de cor a origem de cada peça exposta nas paredes e prateleiras do quarto, muitas delas oferecidas, tal como é o caso da peça mais antiga nas mãos do portista. 

Numa mesa ao centro do quarto, descansa um simples cinzeiro de vidro com o emblema dos dragões azuis e brancos,"e é a peça mais antiga que tenho. Foi-me oferecida na altura por uma moça que queria meter conversa comigo e ofereceu-mo. Já está nas minhas mãos há 53 anos”, recorda o colecionador. 

A primeira de muitas, António Couto, admite que apesar de ser apoiante do F.C.P. desde os seus 13 anos, a verdade é que o interesse por colecionar lembranças do clube surgiu muitos anos depois. De qualquer forma, a verdade é que com o avançar dos anos o portista de Várzea do Douro, foi “arranjando e colecionando", todos estes objetos.  "A qualquer lado que ia procurava sempre qualquer coisa do Porto. Embora não fosse, nem sou um fanático do clube, a verdade é mal via qualquer coisa do clube  tinha de a trazer e juntá-la à minha coleção. Não sossegava enquanto a trouxesse para casa”, acrescenta o adpeto.

Um dia, “o portista de coração”, percebeu que pela quantidade de coisas relacionadas com o Porto que tinha em casa ficavam bem expostas numa divisão da casa. Então, “depois de convencer a minha mulher a deixar-me ocupar o quarto com estas coisas, comecei a organizar aqui tudo o que tinha. Fui pendurando os meus porta-chaves e cachecóis nas paredes e hoje pronto, até estou a ficar sem espaço para mais coisas”, diz o portista.

De uma sala “quase sem nada” para um museu privado do F.C.P.  a coleção de António Couto não passa despercebida por ninguém e “agora como as pessoas já sabem disto até vão contribuindo ao oferecerem-me algumas peças. Têm-me facilitado bastante o trabalho de arranjar coisas novas”, salienta. 

Quando questionado sobre a peça mais importante de toda esta coleção, o fã do F.C.P. aponta orgulhoso para uma moldura com uma fotografia da neta. “A peça mais especial que tenho é esta da nossa pequenina, agora já é uma mulher grande, mas gosto muito desta fotografia. Ela sim é que gosta mesmo do Porto”, conta o colecionador com um sorriso. Os olhares mais atentos podem reparar que por cima das prateleiras estão expostas várias fotos de família, todas elas dos netos, filhos e familiares de António Couto vestidos a rigor com o equipamento azul e branco, fotos que ocupam um lugar de destaque nesta coleção.

À medida que o portista vai descrevendo a coleção, é fácil de perceber o gosto que o próprio tem por cada peça. Cada uma delas carregando uma história, tendo sido uma prenda ou um achado, o colecionador sabe bem contar as origens de todos os seus pertences. Muitos deles foram comprados "em passeios de família" e outros tantos foram prendas, a verdade é que pelas prateleiras e paredes deste quarto há objetos de todos os cantos do país e até "do Luxemburgo e da Suíça". 

Uma coisa "bonita de se ver”, António Couto revela que são muitos os pais e filhos que gostam de visitar este cantinho da sua casa. “Há muitas crianças que ficam com a ideia na cabela de visitar a casa do senhor Couto porque ele tem lá um museu do Porto e os pais depois não têm descanso enquanto os filhos não vierem cá”.

Pelas palavras do portista: “todos gostam de vir cá passar os olhos e até de tirar uma fotografia”, pois “aqui na zona não deve haver nenhuma casa como a minha”. 

Fiel adepto desde os 13 anos, António Couto ainda se lembra de pegar uns “25 tostões para ir ver os jogos do Porto” e de assistir aos jogos no Estádio das Antas. Todos estes anos mais tarde, o homem de Várzea do Douro aprecia partilhar esta paixão com os amigos e especialmente com a família mas apesar de ser um "portista ferrenho", o colecionador diz que: “Não há palavras para descrever este gosto pelo clube. É uma paixão”.