PJ detém homem por perseguição e devassa da vida privada da ex-companheira

PJ detém suspeito por perseguir e ameaçar ex-companheira no Porto

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta quarta-feira, 23 de abril de 2025, um homem de 47 anos, residente na Área Metropolitana do Porto, suspeito de vários crimes contra a ex-companheira, incluindo perseguição, devassa da vida privada, falsidade informática e violência doméstica.

De acordo com o comunicado emitido por aquele órgão de polícia criminal, o indivíduo foi detido no cumprimento de um mandado fora de flagrante delito, na sequência de uma investigação que apurou comportamentos reiterados de intimidação e controlo emocional sobre a vítima.

Criava perfis falsos para expor e ameaçar a vítima

Segundo a PJ, o suspeito utilizava as redes sociais para criar perfis falsos com o objetivo de devassar a vida privada da mulher com quem tinha mantido um relacionamento amoroso. Esta atuação, descrita como um “modus operandi” marcado por violência emocional e psicológica, incluía também perseguições presenciais e ameaças de morte.

A investigação apurou que estas condutas visavam pressionar a vítima a reatar a relação, recorrendo a estratégias manipuladoras e intimidadoras, com impacto grave na sua saúde emocional e sensação de segurança.

Suspeito será presente a juiz na quinta-feira

O detido será presente na próxima quinta-feira, 24 de abril, à autoridade judiciária competente para aplicação das medidas de coação. A PJ prossegue com diligências no âmbito do inquérito, no sentido de recolher mais elementos probatórios que sustentem a acusação.

Este caso sublinha a importância de combater os crimes de violência doméstica e de perseguição, nomeadamente quando estes assumem contornos digitais, exigindo das autoridades uma atuação célere e eficaz.

Violência doméstica e perseguição: um fenómeno em crescimento

Nos últimos anos, os crimes de perseguição e violência no contexto de relações íntimas têm registado um aumento em Portugal, sobretudo com o recurso a meios digitais para controlo e intimidação. A criação de perfis falsos, o envio de mensagens ameaçadoras e a vigilância constante são formas de violência psicológica cada vez mais comuns.

As autoridades alertam para a necessidade de denúncia precoce destes comportamentos, de modo a prevenir escaladas de violência e proteger as vítimas.