A compra foi feita através de leilão público, com a proposta vencedora a superar o valor-base por apenas um euro. “A nossa proposta foi de 7.550.001 euros e com este euro a mais conseguimos garantir a compra da propriedade”, revelou Jorge Aguiar, administrador da Bensaude Turismo, ao Negócios. O novo hotel deverá abrir portas em 2027.
Com cerca de 40 hectares, a propriedade apresenta uma localização privilegiada sobre o rio Douro. Segundo Jorge Aguiar, a decisão de avançar para o leilão resultou de um processo de análise e visitas ao local, após o grupo ter identificado a oportunidade e investigado o estado da propriedade.
O grupo açoriano, detentor de unidades como o Terra Nostra Garden Hotel, afirma que pretende desenvolver um projeto de posicionamento “premium”, com entre 60 e 80 unidades de alojamento e possibilidade de criação de ‘villas’ privadas. Prevê-se também a criação de um spa, gastronomia com base em produção local e outras valências ligadas ao bem-estar.
“Queremos que seja uma experiência contextualizada. Vamos ter o pilar da gastronomia, ligado à produção local, bem-estar, spa e a componente de alojamento fortíssima”, explicou o administrador ao mesmo jornal.
O grupo estima empregar até 90 pessoas, algumas das quais poderão residir no local, devido à especificidade do projeto. A criação de uma Escola de Hotelaria em Marco de Canaveses é apontada como possível resposta a essa necessidade.
Quanto ao investimento global no futuro hotel, Jorge Aguiar não avançou valores concretos, referindo apenas tratar-se de um “investimento relevante”, com retorno esperado a médio e longo prazo. O administrador revelou ainda a intenção de resgatar o nome histórico “Mosteiro da Alpendurada”, em homenagem à importância patrimonial do local.
Além do turismo, o grupo Bensaude planeia tirar partido das condições naturais da propriedade, com destaque para a agricultura e o aproveitamento hídrico. Foram já identificadas nascentes e árvores de fruto, estando em estudo a introdução de oliveiras e vinha. Está ainda prevista a requalificação de um pequeno cais com vista ao desenvolvimento de atividades ligadas ao rio.
Com esta aposta, o grupo pretende captar visitantes do mercado nacional, europeu, bem como norte-americano, brasileiro e latino-americano.
Fotografia: Turismo Douro e Tâmega