O documento, com dados até 31 de julho, revela que, entre os 2.895 incêndios investigados, 61% já têm o processo de averiguação de causas concluído. As principais origens identificadas foram queimas e queimadas (32%), fogo posto — classificados como “incendiarismo – imputáveis” (25%) — e reacendimentos (8%).
Entre 1 de janeiro e 31 de julho, deflagraram 4.758 incêndios rurais, que provocaram a destruição de 33.224 hectares: 15.545 de povoamentos florestais, 13.704 de matos e 3.975 de áreas agrícolas.
Em comparação com o mesmo período de 2024, as autoridades registaram um aumento de 85% no número de fogos e uma área ardida sete vezes superior. Ainda assim, 2025 apresenta, até ao final de julho, o segundo valor mais baixo em número de incêndios e o terceiro mais elevado em área ardida desde 2015.
O mês de julho concentrou metade dos incêndios (2.367) e 77% da área ardida (25.602 hectares). Nesse período, ocorreram 40 grandes incêndios que consumiram um total de 27.150 hectares.
Os três maiores fogos deste ano começaram nos dias 26 e 28 de julho: o primeiro, em Ponte da Barca (Viana do Castelo), destruiu 5.707 hectares; os outros dois ocorreram em Arouca (Aveiro), com 4.755 hectares ardidos, e em Penamacor (Castelo Branco), com 2.904 hectares.
Até ao final de julho, o distrito do Porto registou o maior número de incêndios (1.014), seguido de Braga (445) e Viana do Castelo (394). Segundo o ICNF, tratam-se maioritariamente de fogos de pequena dimensão, com menos de um hectare de área ardida.
Em termos de área afetada, Viana do Castelo lidera com 7.293 hectares ardidos — cerca de 22% do total nacional —, seguido de Aveiro (5.790 hectares) e Castelo Branco (3.193 hectares).
O relatório agora divulgado não contempla os incêndios ocorridos nos primeiros dias de agosto. Desde domingo, o continente está em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio.