logo-a-verdade.svg
Porto
Leitura: 0 min

AEP avança que está interessada em readquirir o parque Exponor

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) manifestou interesse em continuar a gerir o parque de exposições Exponor, em Matosinhos, e admite estar “eventualmente também interessada na propriedade” do espaço, do qual já foi proprietária, avançou o presidente do Conselho de Administração da associação, Luís Ribeiro.

Redação

A Exponor encontra-se atualmente no mercado para venda, através da Cushman & Wakefield (C&W), que comercializa o património da Nexponor – fundo imobiliário a quem a AEP entregou a Exponor e respetivos terrenos em 2013, no âmbito de um plano de reestruturação financeira da associação. Na altura, a operação permitiu à AEP reduzir grande parte do seu passivo bancário, mantendo um contrato de arrendamento para exploração do parque.

Segundo Luís Miguel Ribeiro, a AEP acompanha o processo e trabalha num plano que prevê a continuidade do parque de exposições como um ativo da associação, “não só na sua exploração, mas, eventualmente também na propriedade”. Apesar de não esclarecer se irá apresentar formalmente uma proposta de compra, o dirigente garantiu que a associação será sempre “uma parte ativa” no desenvolvimento do projeto.

A AEP sublinha que o processo de venda não afetará a agenda de feiras nem o funcionamento normal da Exponor, reforçando que o espaço continua a ser “uma infraestrutura incontornável para a promoção da valorização da oferta das empresas nacionais e o reforço da internacionalização da economia portuguesa”.

O património da Nexponor inclui, para além dos pavilhões de feiras, centro de congressos, edifício de serviços e parque de estacionamento, dois lotes de terreno para promoção imobiliária, com uma área total de 180.000 metros quadrados em Leça da Palmeira. Em abril de 2024, a Câmara Municipal de Matosinhos aprovou um Pedido de Informação Prévia (PIP) para um projeto que prevê a modernização da Exponor e a criação de um empreendimento de uso misto – serviços, comércio, turismo e habitação – com uma área bruta de construção acima do solo de 177.000 metros quadrados.

Luís Miguel Ribeiro destacou ainda que os potenciais investidores terão na AEP “uma mais-valia para o desenvolvimento do projeto previsto, cuja âncora principal é o parque de exposições da Exponor”, mantendo a associação alinhada com a estratégia da Câmara Municipal de Matosinhos.

A Cushman & Wakefield definiu o prazo de entrega de propostas pelos interessados até 20 de novembro, sendo este o momento em que se conhecerá a evolução do processo de venda.