A medida foi aprovada no passado sábado, 22 de março, em assembleia geral da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), realizada em Angra do Heroísmo, nos Açores.
A licença terá duas modalidades: diária, por três euros para participantes ou organizações com seguro e quatro euros para quem não tenha, ou anual, por 35 euros, incluindo seguro durante todo o ano. A aquisição será feita através de uma plataforma digital que está a ser desenvolvida para o efeito.
A decisão, proposta pelas associações distritais de Setúbal e Braga, foi aprovada com 90% dos votos e visa garantir a legalização de todas as provas e a proteção dos participantes, assegurando que todos os corredores tenham seguro.
A nova exigência tem gerado controvérsia entre organizadores de corridas nacionais. Carlos Móia, responsável pela Maratona e Meia Maratona de Lisboa, mostrou-se crítico, defendendo que a FPA deveria ouvir os organizadores antes da implementação da medida.
Por sua vez, Domingos Castro, presidente da FPA, esclareceu que todas as provas terão de ser legalizadas e que os participantes deverão obter a licença antes de qualquer corrida. Segundo o responsável, a obrigatoriedade do documento não implica custos acrescidos para os corredores, já que a licença inclui benefícios e seguro.