Criada em 2008, esta equipa especializada inicia agora a sua operação reforçada para a época balnear que, em Matosinhos, decorre entre este sábado e 15 de setembro. Com o reforço de três elementos, designadamente nadadores-salvadores, pretende-se intensificar a vigilância, sobretudo nas praias não concessionadas, que não contam com os nadadores-salvadores contratados pelas concessões privadas.
O dispositivo conta com meios técnicos diversificados, incluindo duas viaturas pick-up, duas motas 4x4, uma mota de água, quatro postos de praia totalmente equipados, dois desfibrilhadores automáticos externos, três botijas de oxigénio medicinal, material de primeiros socorros e equipamento de resgate.
De acordo com Marta Pontes, "o Serviço de Salvamento Balnear assume um papel de coordenação no Plano Integrado de Salvamento", que articula os concessionários, a Autoridade Marítima e a Câmara Municipal de Matosinhos, garantindo ainda apoio logístico e respostas imediatas em situações de emergência.
Para além das missões de busca e salvamento, os profissionais da Equipa de Salvamento Balnear desempenham funções variadas, como primeiros socorros, apoio a eventos costeiros e desportivos, monitorização ambiental, deteção precoce de poluição, vigilância de riscos climáticos e ações de sensibilização e educação ambiental.
Segundo a vereadora, este serviço é essencial durante todo o ano, numa costa com riscos acrescidos devido às condições meteorológicas e marítimas adversas, bem como à elevada afluência registada na Praia de Matosinhos, considerada a mais frequentada da Área Metropolitana do Porto.
Desde a sua criação, a Equipa de Salvamento Balnear já realizou cerca de 300 salvamentos, resgatando aproximadamente 600 pessoas.
Recorde-se que o concelho de Matosinhos conta com 15 praias distribuídas ao longo de 15 quilómetros de costa. Em 2025, Portugal dispõe de 673 águas balneares identificadas, mais nove do que no ano anterior, podendo uma água balnear corresponder a mais do que uma praia. Apesar de a época balnear ter oficialmente começado a 1 de junho, cada município tem autonomia para definir a sua própria calendarização.