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Portugal
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José Luís Carneiro avisa: PS deve focar-se nas autárquicas antes das presidenciais

José Luís Carneiro reafirmou este sábado, em Lisboa, que o PS deve concentrar-se nas eleições autárquicas, rejeitando que as presidenciais dominem já o debate interno no partido.

Redação

O candidato à liderança do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, afirmou hoje que a “prioridade imediata” do partido são as eleições autárquicas, agendadas para o final de setembro ou início de outubro, deixando um aviso claro a quem já está focado nas presidenciais de 2026: “Cada coisa a seu tempo”.

A declaração foi feita na apresentação oficial da sua candidatura a secretário-geral do PS, nos jardins do Largo do Rato, em Lisboa, num discurso com cerca de 40 minutos, no qual defendeu a autonomia estratégica do partido e valorizou o papel do poder local.

“Sei que há quem esteja centrado nas eleições presidenciais. Compreendo e saúdo os que têm coragem e disponibilidade para servir o país. Lá chegaremos. Mas quero que fique muito claro: é o PS que define a sua agenda e a hierarquia das suas prioridades”, declarou, num recado que surge dias depois da apresentação de António José Seguro como candidato a Belém.

Autárquicas como “momento decisivo”

José Luís Carneiro sublinhou que as autárquicas representam uma oportunidade estratégica para o reforço da participação cívica, em particular de jovens e mulheres, que quer ver integrados nas listas socialistas a nível nacional.

“As eleições autárquicas são um momento decisivo na integração de jovens e de mulheres na vida política. Quero que seja uma orientação para os nossos dirigentes”, reforçou.

Segundo o ex-ministro da Administração Interna, os autarcas socialistas representam uma das “grandes riquezas” do PS, pelas marcas que deixam junto das populações e pelo trabalho desenvolvido nas freguesias e municípios.

Convergências progressistas e descentralização

Carneiro destacou que o PS apresentará listas próprias em todo o país, mas admite parcerias com outras forças políticas, desde que estas sejam “necessárias, sólidas e ganhadoras”.

O candidato salientou também a importância de continuar a aprofundar a descentralização e de valorizar as economias locais, apelando a uma defesa clara das políticas sociais e do desenvolvimento regional, áreas que identifica como parte do “património do poder local democrático”.

“Todos temos o dever de estarmos ao lado dos milhares de autarcas e candidatos a autarcas que estão em diálogo com as comunidades locais. É lá que mais se rejuvenesce a esperança quotidiana na melhoria das condições de vida”, concluiu.