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Sociedade
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Apagão em Portugal: Governo aponta origem em Espanha e admite hipótese de ciberataque

O apagão energético que afeta Portugal e outros países europeus poderá ter origem em Espanha; Governo cria grupo de acompanhamento e não exclui ciberataque.

Redação

Apagão em Portugal: Governo aponta origem em Espanha e cria grupo de acompanhamento

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, admitiu hoje que o apagão energético que afeta Portugal, Espanha, França, Alemanha e possivelmente Marrocos poderá estar relacionado com um ciberataque, embora sem confirmação oficial até ao momento.

Em declarações à RTP 3, o ministro referiu que "há essa possibilidade, mas não está confirmada", sublinhando que a dimensão e a extensão do corte de energia são compatíveis com um incidente cibernético de grande escala.

Entretanto, o Governo português anunciou a criação de um grupo de trabalho específico para acompanhar a situação. Segundo o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, a origem do problema "terá tido origem fora de Portugal", apontando para "um problema na rede de transporte" cuja origem preliminar foi localizada em Espanha.

"Estamos a trabalhar, em conjunto com agentes públicos e privados, para o mais rapidamente possível retomar a situação de normalidade", afirmou António Leitão Amaro, sem adiantar um prazo para a resolução total do problema.

Impacto transnacional e resposta coordenada

O apagão, registado durante a tarde, estende-se de Norte a Sul de Portugal e atinge também vários países europeus. Em Espanha, França e Alemanha, multiplicam-se relatos de falhas generalizadas no fornecimento de eletricidade, com impacto em serviços de emergência, transportes públicos e redes de telecomunicações.

A Agência de Cibersegurança da União Europeia (ENISA) e a Comissão Europeia acompanham a situação, avaliando diferentes hipóteses, desde falhas técnicas a possíveis ações de cibercrime.

Em Portugal, o Ministério da Administração Interna ativou o Centro de Coordenação Operacional Nacional, e recomenda-se à população que mantenha a calma e siga as instruções oficiais, especialmente no que respeita à utilização de equipamentos eletrónicos e segurança rodoviária.

Autoridades mantêm todas as hipóteses em aberto

Manuel Castro Almeida reiterou que, apesar de haver indícios compatíveis com um ciberataque, não há ainda dados que permitam confirmar esta causa. "É prematuro tirar conclusões definitivas. A investigação está em curso e as autoridades portuguesas estão a colaborar ativamente com parceiros europeus", sublinhou.

Já António Leitão Amaro indicou que as prioridades do Governo passam pela reposição da normalidade no fornecimento de energia e pela identificação rigorosa das causas do incidente.

Com a situação ainda em evolução, o Governo português reforça o acompanhamento permanente do apagão que afetou milhões de pessoas. A origem preliminar em Espanha e a hipótese de ciberataque continuam a ser investigadas pelas autoridades nacionais e europeias.

O Jornal A VERDADE continuará a atualizar esta informação ao longo do dia.