O setor do turismo centra as suas propostas em medidas que impulsionem a atividade, com enfoque em questões fiscais, formação e infraestrutura. A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) defende a criação de um fundo de proteção para salvaguardar consumidores e agências em caso de falência de companhias aéreas, financiado por contribuições obrigatórias das transportadoras e gerido por uma entidade pública. A associação alerta ainda para a necessidade urgente de uma solução aeroportuária em Lisboa, sob pena de Portugal perder competitividade face a destinos concorrentes no Mediterrâneo.
A APAVT considera igualmente essencial que o OE2026 apoie a digitalização, a capacitação tecnológica e novos instrumentos financeiros para garantir a competitividade das empresas portuguesas.
A ANAV - Associação Nacional de Agências de Viagens propõe um subsídio anual de 50 milhões de euros para estimular viagens internas através das agências, bem como um conjunto de medidas fiscais e de apoio avaliadas em cerca de 146 milhões de euros. Entre estas estão benefícios fiscais de 120% em sede de IRC para investimento tecnológico, uma taxa de IVA reduzida de 13% nas comissões de intermediação turística, eliminação da dupla tributação nos transportes e atualização da tributação da atividade.
A associação propõe também uma linha anual de cinco milhões de euros para promoção externa, um programa nacional de vouchers de 150 euros para jovens entre os 18 e os 23 anos (com um impacto de 30 milhões de euros), quatro milhões para formação certificada e três milhões para certificação ambiental e compensação carbónica. Acrescenta ainda uma linha de crédito de 50 milhões de euros com juros bonificados e isenção de TSU por dois anos para a contratação de jovens licenciados ou requalificação de profissionais.