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Marco de Canaveses
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Incêndios Rurais: Proteção Civil do Marco de Canaveses reforça meios e apela à prevenção

Com a chegada do verão e a subida das temperaturas, aumenta também o risco de incêndios rurais, especialmente em concelhos com forte componente florestal como Marco de Canaveses.

Redação

Lembrando os fogos registados em setembro do ano passado, Bruno Monteiro, coordenador municipal da Proteção Civil, deixa recomendações à população e destaca o papel da prevenção como principal arma contra as chamas.

Segundo o responsável, “o município tem vindo a reforçar, ano após ano, a capacidade de prevenir e responder a incêndios rurais”. Em 2024, os Bombeiros Voluntários e o Serviço Municipal de Proteção Civil enfrentaram momentos exigentes, mas conseguiram evitar vítimas e proteger habitações.

“Foi um esforço coletivo notável, mas também um sinal de que temos de estar sempre melhor preparados”, afirma.

“Mais do que combater, é preciso prevenir” Bruno Monteiro defende que o foco principal deve ser a prevenção. “Temos de consolidar uma verdadeira cultura de prevenção. Isso só se consegue com proximidade à população e investimento em meios eficazes”.

Durante o “Mês da Proteção Civil”, em março, foram realizadas dezenas de ações em escolas, associações e espaços públicos para explicar como agir antes, durante e depois de um incêndio.

O objetivo é claro: envolver os cidadãos no processo de proteção do território. “A prevenção de incêndios começa em casa”, reforça o coordenador. “A limpeza dos terrenos não é apenas uma obrigação legal, é um dever cívico de cada proprietário.” A falta de ação pode significar a diferença entre um foco de incêndio controlado e uma tragédia alargada.

Limpeza de terrenos até 15 de junho

Até 15 de junho, os proprietários devem garantir uma faixa de 50 metros limpa em redor das habitações, de forma a reduzir o risco de propagação do fogo. Qualquer uso de fogo deve ser comunicado e acompanhado pelas autoridades competentes.

“Estas mensagens têm sido partilhadas através das redes sociais do município e da campanha ‘NÃO SEJA CULPADO’, que tem chegado a milhares de pessoas”, salienta Bruno Monteiro. “Sabemos que onde existe envolvimento das juntas de freguesia e dos cidadãos, o risco é mais baixo. Quanto maior a consciência coletiva, menor a vulnerabilidade do território".

Em 2024, o município vai investir cerca de 197 mil euros na criação e melhoria de Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) em várias freguesias. O
investimento inclui a aquisição de três viaturas 4x4 devidamente equipadas e equipamentos de proteção individual.

Também está prevista a limpeza de 170 hectares de terrenos florestais este ano, no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios 2022–2031. O plano define uma estratégia de longo prazo para tornar o território mais seguro e resiliente.

“Só com todos conseguimos proteger o Marco”

“O Serviço Municipal de Proteção Civil está ao serviço da população, mas o sucesso depende da participação ativa e consciente de todos”, sublinha Bruno Monteiro. “A prevenção é feita com responsabilidade, colaboração e entreajuda.” Com o envolvimento da população, das instituições locais e os investimentos certos, é possível reduzir ignições, travar as chamas e proteger vidas, bens e património natural. O apelo é claro: "todos temos um papel fundamental a cumprir".