“Os objetivos são os dos anos anteriores. De alguma forma, penso que a equipa fica sempre nos três, quatro, cinco primeiros por equipas, tem sempre um ciclista ou outro que dá nas vistas ao longo da prova, pode discutir o prémio da juventude. Vamos lutar por vencer uma etapa, como é lógico”, afirmou o diretor desportivo José Santos.
Lucas Lopes, vencedor da Volta a Portugal do Futuro e atual campeão nacional de contrarrelógio em sub-23, é uma das principais apostas da equipa para esta edição da prova, que arranca a 6 de agosto com um prólogo na Maia e termina a 17 do mesmo mês em Lisboa.
“Melhor do que a Volta a Portugal para demonstrar [o potencial] não há. Isto é uma boa montra. É a continuação da nossa aposta nos ciclistas jovens. Agora, claro, não lhe vamos colocar qualquer tipo de pressão. O que acontecer, aconteceu. É um ciclista que fez uma boa época, é um ciclista de selecção. É dos melhores ciclistas jovens de Portugal”, sublinhou.
Com 22 anos, o poveiro é apontado como candidato à classificação da juventude, embora José Santos alerte para a exigência da prova: “Esta Volta não é dura, é extraordinariamente dura”. As elevadas temperaturas previstas para agosto e as etapas longas com prémios de montanha preocupam o técnico, que considera o percurso “demasiado duro para um jovem”.
Na sua análise, José Santos lamenta a falta de equilíbrio no traçado da prova. “O ciclismo não pode ser um espetáculo, tem de ter uma componente desportiva. Tem de ser um percurso equilibrado, que dê a possibilidade para toda a gente se exprimir: o rolador, o sprinter e o trepador. Aqui, de facto, os roladores e os sprinters não têm grandes hipóteses.”
Com cinco chegadas em alto e seis etapas de média/alta montanha, o percurso da 86.ª Volta é considerado “excessivo” por José Santos, que aponta a Anicolor-Tien21 como principal favorita, devido à presença do campeão em título, o russo Artem Nych. O diretor desportivo defende ainda que será necessário avaliar os plantéis das equipas estrangeiras presentes para aferir o real nível competitivo.
Com 16 equipas no pelotão — apenas sete estrangeiras e uma ProTeam — José Santos manifestou reservas quanto à ausência de grandes formações internacionais. “As competições desportivas em termos de modalidades colectivas estão agrupadas em primeira, segunda e terceira divisões. […] Não podemos misturar uma equipa da terceira divisão com uma de primeira. […] Então, porque nos querem pôr a competir com equipas de primeira divisão e que nós tenhamos resultados?”, questionou.
A Rádio Popular-Paredes-Boavista apresenta os seguintes ciclistas para esta edição da Volta a Portugal: