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Marco de Canaveses
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Nuno Penetro é o novo maestro da Banda de Música de Vila Boa de Quires

A Banda de Música de Vila Boa de Quires, no concelho de Marco de Canaveses, tem um novo maestro. Chama-se Nuno Penetro, tem 42 anos, é natural de Mancelos, no concelho de Amarante, e assumiu recentemente a direção artística da formação filarmónica, onde chegou há cerca de três semanas.

Redação

Com uma longa ligação ao meio filarmónico, Nuno Penetro iniciou o seu percurso musical na banda da sua terra natal, onde tocou durante dez anos. Aos 21 anos, já a estudar no Conservatório, foi convidado a assumir a direção da mesma banda, sucedendo ao maestro de então. Manteve-se no cargo durante 16 anos, até 2019, ano em que optou por uma mudança e abraçou um novo projeto musical em Lamego, que liderou até maio de 2025.

O período pandémico marcou de forma menos boa essa experiência, como o próprio recorda: “A pandemia veio trazer outras consequências, principalmente para as bandas do interior, que sofreram bastante com isso. Houve músicos que se acomodaram à ideia de ficar em casa e não voltaram”.

Agora em Vila Boa de Quires, Nuno Penetro encara este novo desafio com motivação, embora reconheça que chegou num momento exigente: “Apanhei o comboio a meio e é sempre mais difícil quando apanhamos o comboio em andamento”. Apesar disso, fez questão de destacar o bom trabalho do maestro anterior e acredita que, com esforço conjunto, será possível consolidar e fazer evoluir o projeto musical da banda.

Apesar de ter tido apenas um ensaio e um serviço até ao momento, o maestro mostra-se confiante quanto ao futuro: “Conheço por alto o projeto que engloba a banda de Vila Boa e sei que é um projeto com futuro. Basta olharmos para a banda juvenil”. Nuno deixa ainda palavras de incentivo aos jovens músicos: “O objetivo deve ser chegar à banda principal. Quando temos objetivos, trabalhamos mais para os atingir”.

Quanto ao repertório, para já não estão previstas grandes alterações, devido à proximidade da época alta de serviços e romarias. No entanto, o maestro afirma ter planos para o futuro: “Gosto de marcar pela diferença. Por onde tenho passado, tento fazer isso e aqui não vai ser diferente”.

Nuno Penetro aproveita ainda para destacar o papel das bandas filarmónicas na sociedade: “São das poucas associações que integram pessoas dos 8 aos 80 anos. É um espaço de convivência intergeracional, artístico e social, que deve ser valorizado, sobretudo numa altura em que os mais jovens vivem agarrados aos ecrãs”.

Por fim, deixa um apelo às comissões de festas: “Contratar uma banda de música como a de Vila Boa de Quires é muito mais do que garantir música numa procissão ou numa romaria. É apoiar uma comunidade, uma tradição e um projeto de vida para muitas pessoas de todas as idades”.

A Banda de Música de Vila Boa de Quires inicia assim uma nova etapa sob a batuta de Nuno Penetro, que promete dar continuidade ao legado existente, com ambição e espírito de renovação.